Home Futebol Cuca conta que comandou o Santos do hospital e revela ainda sentir efeitos da Covid: “Se eu tivesse insistido, ia morrer”

Cuca conta que comandou o Santos do hospital e revela ainda sentir efeitos da Covid: “Se eu tivesse insistido, ia morrer”

Cuca contou que, mesmo hospitalizado, não sentiu medo de morrer porque usou a fé. O treinador admitiu que ainda se sente fraco às vezes

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

O técnico Cuca passou por um susto nas últimas semanas ao ser internado após testar positivo para a Covid-19 no dia 7 de novembro. O treinador passou nove dias internado, e chegou a ser transferido a unidade semi-intensiva de tratamento. Por causa do vírus, contraiu uma hepatite e teve lesões no pulmão.

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Em entrevista à revista PLACAR, Cuca diz que não está 100% recuperado e revela que ainda sente os efeitos da doença. “Acredito que estou 90% curado, mas hoje canso só de subir uma escada. Me sinto fraco às vezes, também. Se eu tivesse insistido, do jeito que estava, ia morrer. O médico do Santos, o doutor Fabio [Novi] salvou a minha vida. É um cara que já tratou de um câncer, mas que me pôs para dentro do carro dele sem pensar nem por um segundo nele, só em mim. Ele me ajudou muito, virou como um irmão.”

“Meu coração disparou e não parava mais. Por sorte, fui para o hospital porque se insisto, e já estava com as malas prontas para viajar, podia não ter aguentado. O coração batia mais de 140 vezes por minuto”, acrescentou.

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O treinador santista contou ainda que chegou a “comandar” o Santos mesmo hospitalizado e afastado por causa da Covid. “No hospital é muito duro ficar sozinho. Se eu falar que li um livro, vou estar mentindo. Eu dormia muito. Todos os dias a comissão me contava como foi o trabalho, o que tinham feito. A gente discutia , mas não de modo normal, dentro do possível, pois também estava abatido. Todas as trocas, as substituições, foram feitas comigo. Dia de jogo fico muito nervoso, às vezes não atendiam o telefone ou não entendiam. Já em casa, contra a LDU, em Quito, trocaram o Jean Mota antes do tempo, fiquei doido.”

“A família estava muito preocupada. Eles tinham medo que eu morresse, isso é normal porque não estão no dia a dia comigo. No hospital não senti esse medo, usei a fé. Não vou dizer que estava preparado, claro, mas não senti mesmo. Criei novas amizades no período, com as enfermeiras, os médicos. Valorizamos ainda mais esses profissionais”, completou.

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