Para ex-atacante do São Caetano, pensamento de Jair Picerni era diferente do feito no Brasil à época – e tal situação foi fundamental para o sucesso
Enumerando os treinadores com quem já trabalhou, Adhemar contou como se tornou titular do Azulão. “Trabalhei com Tite, Mário Sérgio, Nelsinho Baptista, Luiz Carlos Ferreira… mas, quando o Túlio saiu do São Caetano, o clube falou para o Jair Picerni trazer o centroavante que ele quisesse. Quando ele foi para o Botafogo, ele já ganhava quase R$ 100 mil mensais. Era possível trazer jogadores de nível de Seleção. Ao invés disso, ele me chamou e disse que ele me colocaria para jogar, que não ia contratar atacante algum”, destacou, em fato que aconteceu após a conquista da Série A2 do Campeonato Paulista em 2000.
O ex-atacante relembrou como tal fato foi importante para a carreira dele. “Vi a confiança dele, a responsabilidade dele. Ele poderia ter se omitido. Eu sou muito grato a ele. Minha vida, em cinco meses, eu saí do banco de reservas do São Caetano e fui para ser titular na Europa”, comentou sobre Jair Picerni.
Referências
Para Adhemar, o São Caetano, taticamente, era um time de vanguarda por conta do treinador. “O Jair Picerni tinha trabalhado em Portugal, e ele veio com a mentalidade de um futebol no 4-3-3. O Brasil só jogava imitando a Europa, no 4-4-2. Na proposta do Jair Picerni, o Esquerdinha fazia muito bem a função do ponta e, sem a bola, ele recompunha. A gente confundia os adversários. Tínhamos um time mais ofensivo, tomávamos mais gols, mas a gente vencia sempre por 4×4, 3×1, 3×2, e era um futebol muito mais objetivo e com mais posse de bola. Nós jogávamos verticalmente pra ter chance de gol toda hora”, finalizou.
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