Eliminado na disputa da categoria até 85 kg do levantamento de peso, o chileno Arley Mendez anunciou sua aposentadoria após a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. E afirmou que um dos motivos é a dificuldade de manter a saúde mental para competir.
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“Há muito tempo penso em parar, mas tenho família, este é meu trabalho. O problema é que gosto de competir, mas estou sofrendo muito. O esporte está me fazendo mal”, afirmou o chileno ao jornal espanhol As.
O atleta, de 27 anos, contou que a fragilidade emocionou o levou a consumir maconha, que o levou a testar positivo para um exame antidoping, meses atrás. “Que atleta faz isso horas antes de uma possibilidade de exame? Fiz isso para mandar tudo ao inferno mesmo”, contou.
Na competição em Tóquio, ele falhou na modalidade arremesso, em que o atleta deve segurar a barra na altura do pescoço e depois erguê-la. Acabou em 9º lugar. Ele tem no currículo um título mundial, conquistado em 2017.
Impacto emocional
As questões a respeito da saúde mental dos atletas ganharam espaço nos Jogos Olímpicos de Tóquio com a ginasta norte-americana Simone Biles. Considerada uma das estrelas da competição, ela falhou em algumas apresentações eliminatórias e desistiu no início da final por equipes depois de um salto. Depois, alegou problemas emocionais.
Nos dias seguintes, Biles anunciou dia a dia sua desistência nas finais individuais, primeiro na competição geral e depois nos aparelhos. A única prova que ela ainda tem presença prevista é a final da trave. Essa disputa terá a presença da brasileira Flavia Saraiva e será na terça-feira.
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