A tragédia ocorrida no entorno do Allianz Parque durante o evento para acompanhar a final do Mundial de Clubes do Palmeiras ganhou um novo capítulo. Acusado de ser o atirador responsável pela morte do torcedor Dante Oliveira, de 40 anos, o agente penitenciário José Apóstolo Júnior foi preso preventivamente por tempo indeterminado. De acordo com a Justiça, houve irresponsabilidade do funcionário público ao portar uma arma de fogo em um evento de aglomeração. O Ministério Público classificou como “inconcebível” a postura e citou “claro intento homicida” para justificar a decisão.
A defesa de Apóstolo Júnior se manifestou ressaltando que a ação do cliente foi em legítima defesa. Em depoimento, o agente penitenciário afirma que foi confundido por integrantes da torcida Mancha Verde após sair do banheiro. Ao ser cercado e espancado, teve seus objetos roubados. Disse ainda que só sacou a arma ao perceber que os homens tentavam tomá-la. Segundo ele, o disparo ocorreu no momento de uma nova confusão. Por fim, não sabe afirmar se foi o responsável de fato pelo tiro que matou Dante Oliveira.
Torcedor é baleado em São Paulo após derrota do Palmeiras. #BrasilUrgente pic.twitter.com/e4cPxFDfwl
— Brasil Urgente (@brasilurgente) February 12, 2022
PM confirma versão do atirador
Apóstolo Júnior, em depoimento, disse que o carregador da sua arma foi retirado pelos torcedores em meio a confusão. De acordo com o suspeito de matar o homem, sua fuga flagrada pela TV Bandeirantes tinha como objetivo se afastar dos agressores. Por fim, reafirmou que após o disparo, localizou um grupo de policiais militares, para quem correu e entregou a arma. A versão foi confirmada pela PM.
Decisão da Justiça em relação a confusão em frente ao estádio do Palmeiras
O Juiz Renato Augusto Pereira Maia determinou a prisão preventiva de Apóstolo Júnior no último domingo. Ainda assim, deixou claro que mais provas serão necessárias e são aguardadas para a continuidade do processo. A Justiça aguarda por análise pericial e novos depoimentos de testemunhas.

