Em participação ao programa ‘Beyond The Grid’, o podcast oficial da Fórmula 1, o ex-piloto sul-africano Jody Scheckter, que guiou por McLaren, Tyrrel, Wolf e Ferrari, revelou detalhes de um dos acidentes mais horríveis da história do categoria.
No caso, estamos falando do acidente que vitimou o francês François Cevert, que morreu de forma brutal aos 29 anos, em 1973, num acidente ao ser decapitado por um guard rail mal montado no circuito de Watkins Glen, nos Estados Unidos, exatamente onde havia vencido sua única corrida na Fórmula 1, em 1971.
“A metade do carro estava no meio da pista e eu pulei aquilo porque naquela época ainda havia fogo ao redor. É muito estranho de certa forma, eu me lembro que ainda saíam faíscas da bateria e o que importava era tirá-lo do carro.” – disse Scheckter.
“E eu fui até o seu cinto de segurança, então me virei para todo mundo e disse: ‘não vão, não vão’. Eu não me lembro, graças a Deus eu não me lembro, do que vi… desculpe foi apagado da minha memória, mas teve um grande impacto em mim porque aquilo… é quando você percebe que é real… e eu suponho que foi a primeira morte em que eu estive perto e todo mundo meio que se comportou da mesma forma, não de uma forma negativa sabe… a vida continuava e você pensa que não deveria continuar de certa forma.” – declarou o ex-Ferrari, que finalizou respondendo como era o seu relacionamento com François Cevert que seria seu companheiro de equipe na temporada seguinte.
Cevert e Scheckter seriam companheiros na Fórmula 1
“Sim, foi de forma negativa [o início da relação] porque eu acho que batemos no Canadá e então tivemos uma discursão, mas eu me lembro que antes em Glen nós apertamos a mão e ficou tudo bem, sabe?” – concluiu Jody Scheckter.

