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Fluminense na Libertadores: A conquista da América que parou nos pênaltis

Em 2008, Tricolor ficou muito próximo do seu primeiro título da principal competição Sul-Americana, mas parou no goleiro Cevallos

Christopher Henrique
25 anos, jornalista, colaboro no Torcedores desde 2022, retornando à função de redator em 2024. Fã assíduo do automobilismo, de futebol e principalmente, do futebol alternativo, também sou narrador e criador do "O Tikitaka", com passagens pelo Dimensão Esportiva.

Um dos grandes elencos da história do Fluminense foi montado em 2008, quando por muito pouco não fez história na Copa Libertadores. Na época, a equipe comandada por Renato Gaúcho trouxe Thiago Neves em definitivo, além de permanecer com jogadores como Dodô, Washington, Fernando Henrique e Thiago Silva, que se tornariam fundamentais na competição.

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O Tricolor, que no ano anterior terminou em 4º lugar no Brasileirão e conquistou a última vaga direta para a competição, teria pela frente a LDU de Quito, o Arsenal de Sarandí e o Libertad na fase de grupos. Com 100% de aproveitamento em casa, e perdendo apenas para o Arsenal na Argentina, a equipe se classificou para o mata-mata com 13 pontos.

Além disso, o Fluminense terminou com a melhor campanha da fase de grupos, e teria pela frente o Atletico Nacional, que terminou com o pior desempenho. Sem muitas dificuldades, o Flu venceu as duas partidas (2 a 1 em Medellín e 1 a 0 no Maracanã), seguindo adiante na busca pelo título inédito, mas precisaria passar por uma equipe tradicional na Libertadores: o São Paulo.

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Vitória inesperada e fatal contra o São Paulo

Considerado favorito no confronto, o torcedor do São Paulo lotou o Estádio do Morumbi e venceu por 1 a 0, com gol de Adriano, que aproveitou o rebote no chute de Dagoberto. Para conseguir a vaga, o Tricolor carioca teria que vencer em casa por dois gols de diferença. Essa desvantagem durou apenas onze minutos no Maracanã, já que Washington abriu o placar para o Fluminense.

No segundo tempo, o artilheiro do Tricolor paulista foi importante para a equipe, empatando o jogo aos 25 minutos. Porém, Dodô não perdeu tempo e na saída de bola, aproveitou a oportunidade para colocar novamente o Flu na frente do marcador. Restavam pouco mais de 20 minutos, e a pressão foi total dos donos da casa, até que um escanteio decidiu a classificação. Na cobrança, Thiago Neves, e a cabeçada de Washington, aos 47 minutos do segundo tempo fez o gol que levou o Fluminense para as semifinais.

Medo da Bombonera? Não para o Fluminense

Sendo o único brasileiro ainda vivo na Libertadores, para chegar na final teria que passar novamente por outra equipe tradicional no continente: o Boca Juniors. Mesmo jogando na Bombonera, contra Riquelme, Palacio, Palermo e companhia, não foi motivo para o Tricolor temer. O empate em 2 a 2 na Argentina foi considerado uma vitória para os cariocas, que novamente decidiriam no Maracanã, com a torcida ao seu lado.

Jogando em casa, as mais de 85 mil pessoas fizeram do maior estádio do Rio de Janeiro um verdadeiro caldeirão. Entretanto, Palermo quase estragou a festa do Fluminense, fazendo o primeiro para os argentinos. Contudo, a estrela de Washington novamente brilhou, e o atacante empatou o jogo cinco minutos depois, com um golaço de falta.

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Darío Conca, aos 25, virou o jogo e colocou a equipe a um passo e meio da grande decisão, e deixando para que Dodô decidisse o confronto, no último lance. Nas imagens da época, muito era mostrado a emoção dos torcedores em ver a equipe das Laranjeiras chegar tão longe na principal competição Sul-Americana.

A derrota no Casablanca não foi o que mais doeu no torcedor Tricolor

Assim como na fase de grupos, o Fluminense chegou a grande decisão da Copa Libertadores contra a LDU, que deixou o América do México pelo caminho. Por ter obtido a melhor campanha, o jogo do título seria no Maracanã, enquanto os primeiros 90 minutos aconteceriam na capital equatoriana.

Antes disso, o Tricolor sofreu com a altitude de Quito e o começo apagado foi suficiente para os donos da casa abrirem uma vantagem de 4 a 1 no primeiro tempo. Thiago Neves, que se tornaria fundamental na partida final, fez o gol da esperança logo no começo da segunda etapa.

No Maracanã, mesmo com 90 mil presentes, novamente o Flu não teve um bom início, vendo Bolaños aumentar a vantagem para os equatorianos logo aos 5 minutos. Mas o camisa 10 fez os três gols que a equipe brasileira precisava, levando a disputa para as penalidades máximas. No entanto, o goleiro Cevallos fez três defesas, sendo uma das cobranças do meio-campo, e a LDU conquistou o título, que dói até os dias atuais para o torcedor do Tricolor.

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Confira o desempenho do Fluminense na Copa Libertadores de 2008

  • 1ª Rodada – LDU (EQU) 0 – 0 Fluminense
  • 2ª Rodada – Fluminense 6 – 0 Arsenal de Sarandí (ARG)
  • 3ª Rodada – Libertad (PAR) 1 – 2 Fluminense
  • 4ª Rodada – Fluminense 2 – 0 Libertad (PAR)
  • 5ª Rodada – Arsenal de Sarandí (ARG) 2 – 0 Fluminense
  • 6ª Rodada – Fluminense 1 – 0 LDU (EQU)
  • Oitavas de Final: Jogo de ida – Atlético Nacional (COL) 1 – 2 Fluminense
  • Oitavas de Final: Jogo de volta – Fluminense 1 – 0 Atlético Nacional (COL)
  • Quartas de Final: Jogo de ida – São Paulo 1 – 0 Fluminense
  • Quartas de final: Jogo de volta – Fluminense 3 – 1 São Paulo
  • Semifinal: Jogo de ida – Boca Juniors 2 – 2 Fluminense
  • Semifinal: Jogo de volta – Fluminense 3 – 1 Boca Juniors
  • Final: Jogo de ida – LDU 4 – 2 Fluminense
  • Final: Jogo de volta – Fluminense 3 – 1 LDU (1-3 nos pênaltis)