Por conta do seu bom trabalho com equipes sem investimento astronômico, Carlos Carvalhal entrou no radar de Flamengo e Atlético-MG. Apesar da procura, o treinador, que irá deixar o Braga após o término da temporada, não desembarcou no Brasil. Em entrevista ao diário A Bola, o português indicou que aceitaria o convite do Rubro-Negro, mas o clube carioca não se mostrou disposto a pagar sua multa rescisória.
Enquanto isso, o convite do Galo foi recusado por conta do compromisso com o Braga. Apesar de não ter acertado com nenhum dos times, Carvalhal não descarta, no futuro, o cenário de trabalhar no futebol brasileiro.
“Flamengo veio a Portugal, mas não havia disposição de pagar, no Brasil não há essa cultura. Percebi cedo que não iria evoluir. Depois apareceu o Atlético-MG, algo real, mas em função do compromisso que tinha com Braga nem sequer vacilei. É possível que possa ir para o Brasil no futuro, sinto crédito dos torcedores e de vários clubes que me procuraram. Tenho uma imagem positiva no país e há alguma expectativa em relação ao que poderia fazer lá. Não faço bluff, sinceramente não sei qual o meu próximo passo”, afirmou.
𝗝𝗼𝗴𝗼𝘀 𝗱𝗶𝘀𝗽𝘂𝘁𝗮𝗱𝗼𝘀: 5️⃣
— SC Braga (@SCBragaOficial) May 12, 2022
𝗩𝗶𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮𝘀: 4⃣
𝗘𝗺𝗽𝗮𝘁𝗲𝘀: 1⃣
𝗗𝗲𝗿𝗿𝗼𝘁𝗮𝘀: 0️⃣
𝗚𝗼𝗹𝗼𝘀 𝗺𝗮𝗿𝗰𝗮𝗱𝗼𝘀: 6⃣
𝗚𝗼𝗹𝗼𝘀 𝘀𝗼𝗳𝗿𝗶𝗱𝗼𝘀: 2⃣
𝗖𝗹𝗲𝗮𝗻 𝗦𝗵𝗲𝗲𝘁𝘀: 4⃣
Carlos Carvalhal é o TREINADOR do MÊS de Abril #LigaPortugalBwin! 🏆 pic.twitter.com/AaPlDDj7nC
Adotando cautela para definir seu próximo trabalho, Carvalhal revelou que ainda não recebeu nenhum convite atrativo. Sendo assim, ele indicou que o aspecto financeiro não será decisivo para a escolha, já que o treinador quer estar em uma equipe que dispute títulos e apresente um projeto ambicioso.
Além disso, Carvalhal contou que é questionado sobre as mudanças que teve em sua carreira. Optando por começar sua carreira em níveis mais baixos, ele precisou trabalhar bastante para ser cobiçado por Flamengo e Atlético-MG, mas ainda quer evoluir ainda mais profissionalmente.
“Ainda não surgiu aquela oferta que acione o clique. Tenho 56 anos e devo pensar na minha comissão técnica. Gostaríamos de encontrar um projeto esportivo e financeiro irrecusável. Se tivermos de prosseguir num campeonato menor, então que seja, mas vai ser para lutar por títulos“, contou.
“Quando sou abordado por clubes, todos fazem a mesma pergunta: querem saber a razão pela qual estive em tantos clubes. A minha resposta é sempre a mesma. Há duas formas de um treinador fazer o seu percurso. Uma é ter sido um grande jogador de uma grande equipe e, em função disso, receber um convite para treinar num patamar alto, o que não deixar de ser meritório porque serão os resultados a sustentar a nova carreira. A outra via é a minha e é completamente distinta. Comecei na 3.ª divisão e tive de fazer trabalho em todos os patamares até chegar a um grande e, depois, no estrangeiro. Tive a coragem de ir para o Besiktas em circunstâncias muito difíceis e fiz um percurso que muito me orgulha. Tive poucas ajudas, por isso tenho demorado algum tempo a chegar ao alto nível”, completou.