O diretor de direitos esportivos da Globo, Fernando Manuel, abriu o jogo em entrevista ao jornalista Rodrigo Mattos, em sua coluna no UOL Esporte, sobre a volta da Libertadores à emissora carioca.
Segundo o direto, ficou clara a ideia da emissora na aposta nos maiores jogos disponíveis e não mais em competições como os Estaduais.
“Neste quadro, encaixam-se campeonatos nacionais e internacionais, como Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, cujo contrato acaba em 2022. E deixam em segundo plano os Estaduais. Não dá para buscar tudo, diz Fernando Manuel”, publicou Rodrigo Mattos.
O responsável da Globo pelos direitos de transmissões então comentou a volta da Libertadores e admitiu que o formato das transmissões deve ser diferente.
“Voltar a transmitir a Libertadores é fantástico, claro. A Globo já exibiu jogos históricos desse e de outros eventos e vem mais por aí. As áreas que lidam com programação e comercialização na Globo saberão levar da melhor forma a Libertadores ao público e aos parceiros comerciais. Pelo cenário que se estabeleceu com a Conmebol, haverá um formato de entrega diferenciado”, disse o diretor da emissora, que seguiu. Segundo ele, mesmo sem a Libertadores, a Globo se reorganizou até ter de volta os direitos, o que foi um acerto.
“Então, turbulências, às vezes, levam a novos rumos? A dificuldade para abraçar o formato da Libertadores em ciclos passados, da mesma forma que Globo faz, por exemplo na Copa do Mundo, era o fato do produto estar no pacote geral do futebol. Ocorre que sem Libertadores mas com grande competência, a Globo reorganizou a oferta do futebol nos últimos anos. A volta da Libertadores representa um produto novo e específico, sujeito a condições inerentes ao novo modelo de parceria com o promotor.”
A Globo errou ao perder a Libertadores?
O jornalista questionou Fernando Manuel sobre a Globo ter rescindido o contrato anterior da Libertadores com a Conmebol, perdendo as duas últimas edições da competição, que foram justamente as com finais brasileiras. O diretor, então, disse que a Libertadores é importante para a Globo, mas a emissora também importante para o “ecossistema”.
“De maneira geral, acordos são feitos considerando o que está na mesa, e não exatamente o que ainda está por vir, nem refletem o objetivo de apenas um dos lados. Poderia ter acerto sobre o passado e não ter entendimento sobre este próximo ciclo, 2023-26, por serem processos separados, certo? Fato é que a relação com a Conmebol e com demais stakeholders do futebol é importante para a Globo, institucionalmente falando. Da mesma forma, Globo é importante no ecossistema também.”

