Febre no futebol brasileiro após comandar o Independiente Del Valle em vitórias sobre clubes brasileiros como Flamengo e Corinthians, o técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez se tornou uma sensação entre os torcedores, que o pediam a cada nova demissão nos principais times do Brasil. O europeu chegou a ficar perto de assinar com o Palmeiras antes da chegada de Abel Ferreira, por exemplo, mas não chegou a acordo.
Porém, depois de pouco mais de um ano, tudo mudou e o status de Miguel Ángel Ramírez foi por água abaixo após deixar o Independiente Del Valle. Ele saiu do clube equatoriano no fim de 2020 para assumir o Internacional e tem vivido momento conturbado da carreira. Isso porque ele foi demitido de seus clubes seguintes e fracassou em ambos os trabalhos. No Internacional, ele caiu após três meses no comando. Posteriormente, ele assimiu com o Charlotte FC, clube que estrearia na Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos, e foi retirado do cargo após só 14 jogos.
Problemas diferentes acabaram na demissão do técnico
No Internacional, se tornou público o problema de Miguel Ángel Ramírez com o elenco. Seu distanciamento do plantel, que havia acabado de ser vice-campeão brasileiro com Abel Braga, culminou com maus resultados e com seu desligamento do cargo de forma precoce.
Já no Charlotte FC, seu clube até o início da semana, o clima era diferente, segundo o UOL Esporte. O espanhol era bem quisto pelos jogadores e tinha o apreço da torcida. Isso porque, mesmo sabendo que a ideia era fazer uma campanha sem grandes pretensões na MLS – assim como qualquer equipe debutante no torneio -, o Charlotte FC estava em oitavo e flertava com a possibilidade da classificação aos playoffs.
Os problemas, porém, eram internos. Ele se chocava quase diariamente com a diretoria e fazia pedidos de mais reforços, além de exigir melhor estrutura do clube. O técnico não parecia estar ameaçado no cargo em momento algum, até que a nota de sua demissão foi tornada pública após uma reunião de poucos minutos entre ele e dirigentes do clube.
De qualquer forma, o técnico que foi sensação na América do Sul há pouco mais de um ano volta a ficar sem clube e mostra que o mercado de treinadores pode ser uma montanha russa não apenas no Brasil, mas em todo o mundo do futebol.

