A presença de Jô num pagode na noite desta terça (07) enfureceu os torcedores. A cena ocorreu ao mesmo tempo em que o Corinthians estava em campo com o Cuiabá, na Arena Pantanal. Enquanto o time mato-grossense vencia a partida por 1 a 0, o centroavante, que se recupera de um trauma na perna esquerda, era flagrado por torcedores na festa. Para o jornalista Juca Kfouri, em seu blog no UOL, “todos estão carecas de saber que Jô nunca foi profissional exemplar”. No entanto, justificou a diversão como um alheamento que pode ser comum entre os boleiros.
Kfouri criticou a diretoria corintiana pela contratação do veterano atacante “para viver seus derradeiros dias como jogador”, segundo suas palavras. Ao descrever os detratores como “patrulheiros de Jô”, o blogueiro considera compreensível a indignação da torcida pela presença do camisa 77 na balada na hora do jogo do Corinthians. “Um espera do outro o mesmo compromisso, o mesmo vínculo, o mesmo interesse”, explicou.
Enquanto o Brasil levava 7 a 1, Neymar se divertia no pôquer, recorda Juca
Porém, o jornalista alertou ser comum “o absoluto alheamento do atleta enquanto inativo”. Kfouri chegou a lembrar o que Neymar sequer assistiu à célebre goleada alemã na Copa 2014, enquanto desfalcava a Seleção Brasileira na famosa semifinal do Mineirão. “Jogador gosta de jogar, não gosta de treinar e muito menos de ver jogos. Segundo consta, Neymar Júnior jogava pôquer enquanto a Alemanha fazia 7 a 1″, revelou o blogueiro, que também citou o saudoso Sócrates, dizendo que o “Doutor” raramente via jogo pela televisão.
Por fim, Juca Kfouri reforçou sua aversão aos dirigentes do Corinthians, considerando que Jô precisa ser punido pelas baladas atrapalharem seu tratamento. Entretanto, para o jornalista, a diretoria do clube “não é exemplo pra ninguém”. “(A diretoria) frequenta mais as páginas policiais que as esportivas. A hipocrisia reina no país, principalmente entre os bolsominions”, concluiu.

