A Ferrari deu indícios de que poderia reagir na disputa pelos títulos do campeonato de pilotos e construtores da Fórmula 1.
Neste domingo (12), o monegasco Charles Leclerc foi o pole position no Grande Prêmio do Azerbaijão. O espanhol Carlos Sainz, por sua vez, largou em quarto.
A realidade, entretanto, foi bem diferente das expectativas. Leclerc foi ultrapassado por Sérgio Pérez logo na primeira curva e Sainz não conseguiu se aproximar de Max Verstappen.
Para piorar a situação, dois imprevistos fizeram com que a Ferrari não pontuasse. Sainz abandonou a prova após problemas hidráulicos, e Leclerc viu o motor estourar.
A tough break for Leclerc as his Baku hopes go up in smoke 😖#AzerbaijanGP #F1 pic.twitter.com/LEYq3hVA8f
— Formula 1 (@F1) June 12, 2022
LAP 9/51
📻 "Something has failed" Sainz reports
The Spaniard has run off at Turn 4 and is out of the race 😫#AzerbaijanGP #F1 pic.twitter.com/9bjGGd2Xr8
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Em entrevista ao canal Sky, o chefe da equipe ferrarista, Mattia Binotto, falou sobre os problemas técnicos.
“Primeiro ainda temos que analisar o que aconteceu. Ainda não sei. Os problemas podem ser de rápida solução, mas ainda não sabemos”, iniciou.
O italiano admitiu que um fato está claro: os carros da montadora vão ter que sofrer mudanças estruturais. “Temos que utilizar novos componentes”, acrescentou.
A Ferrari tentou uma estratégia diferente para recuperar a liderança e até foi bem-sucedida.
A equipe italiana chamou Leclerc para o box e trocou os pneus médios por pneus duros a fim de dar mais resistência ao carro, mas os problemas técnicos tiraram o monegasco da corrida.
“Nossa estratégia foi a melhor. O pit stop com o safety car na pista nos deu uma vantagem. Com os pneus médios nós fomos competitivos e mudamos para os pneus duros que são mais resistentes e sempre trabalharam bem”, prosseguiu Mattia Binotto.
Próxima corrida da Fórmula 1
A próxima corrida da temporada da temporada 2022 da Fórmula 1 será em breve. Está marcada para o próximo domingo (19), às 15h, no Canadá.
“Vamos analisar (os problemas mecânicos), mas não temos o tempo ideal para fazer correções ou mudanças estruturais para o Grande Prêmio do Canadá”, lamentou o chefe da Ferrari.
“A confiabilidade é uma preocupação. É um fator chave na luta pelo título. Como equipe, passamos o inverno buscando desempenho, mas não somos confiáveis no momento”, reconheceu.
Ferrari prega calma
Com os problemas, a Ferrari se distanciou na liderança, tanto do campeonato de pilotos como de construtores.
A diferença entre Max Verstappen e Charles Leclerc agora é de 34 pontos (150 a 116). O monegasco ainda viu Sérgio Pérez chegar aos 129 pontos e assumir a vice-liderança.
Em relação ao torneio de equipes, a Red Bull Racing (RBR) chegou aos 279 pontos contra 199 da Ferrari.
“Não vamos ser dramáticos sobre o que ocorreu hoje. Nós temos que entender os problemas e tentar solucioná-los”, afirmou Binottto.
“Nós vamos ficar ainda mais fortes no futuro. É necessário paciência algumas vezes. Tudo pode mudar”, concluiu.

