O Corinthians comemora dez anos de seu título da Libertadores nesta segunda-feira (4), um dia antes do duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores deste ano, contra o mesmo Boca Juniors. Além dos torcedores de ambas as equipes, que relembram da data, um dos jogadores que esteve em campo pelo lado argentino também não esquece dos confrontos finais de 2012: Juan Róman Riquelme. Segundo o jornalista Tales Torraga, colunista do UOL Esporte, o Corinthians sempre será uma ‘pedra no sapato’ do ídolo boquense, muito por conta da ‘influência negativa’ do camisa 10 naquela decisão.
Comunicado antes da final foi decisivo para atuação do Boca Juniors
Segundo Torraga, a história é muito conhecida na Argentina, mesmo que seja pouco conhecida no Brasil. Em 2012, no almoço anterior à decisão da Libertadores, Riquelme teria informado aos companheiros que estava indo embora após as partidas finais, porque estava brigado com o técnoco Julio César Falconi. Rolando Schiavi, titular daquele time e que falhou no jogo da volta, disse que em entrevista à TyC Sports que aquilo “influenciou demais”. “Muitos eram amigos e não foi fácil se concentrar”, disse o ex-zagueiro. Ex-atacante daquele time, Santiago Silva disse à Rádio La Red que “foi uma loucura” a atitude de Riquelme.
“Não tinha que dizer nada. Se vai falar alguma coisa, que fale depois, ganhando ou perdendo”, disse Silva.
“Não foi positivo para ninguém no Boca. A mim não me impactou. Numa final, o ambiente precisa ser positivo. Um jogador de futebol se prepara para a final com cara de bunda. Román? Um jogador excepcional em campo, mas fora dele não encontrei nada assim.”
Com isso, Riquelme sempre estará ligado ao Corinthians, já que para muitos foi ele o destaque negativo de ambas as finais após sua fala antes do jogo de ida. Hoje dirigente do clube argentino, Riquelme pode ver de fora do gramado o Boca eliminar de novo Timão após 2013 – logo quando retornou ao clube e foi fundamental na partida das oitavas de final.

