O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai julgar o Corinthians nesta quinta-feira por causa de gritos homofóbicos de parte da torcida no empate por 1 a 1 contra o São Paulo, em 22 de maio, pelo Brasileirão Série A, na Neo Química Arena.
Além das ofensas, o árbitro Wilton Pereira Sampaio também registrou na súmula o arremesso de objetos na direção do lateral são-paulino Reinaldo e o uso de sinalizadores que obrigou à interrupção da partida.
O Corinthians pode ser multado entre R$100 a R$100 mil e perder três pontos na competição. Como deve, deve argumentar que publicou no telão de estádio mensagens de conscientização sobre a necessidade de combater a homofobia e garantir a igualdade de direitos à população LGBTQIA+ – que, aparentemente, não surtiram efeito.
“O futebol está mudando no próprio jogo, hoje depois dos avisos a torcida mudou o canto. Temos que insistir, vocês [imprensa] são importantes nisso para que a gente acabe com qualquer tipo de discriminação. Estamos em 2022, isso não faz sentido”, disse na época o presidente do clube, Duilio Monteiro Alves.
Recentemente, o Cruzeiro foi condenado pelo STJD por causa de gritos homofóbicos de torcedores no jogo contra o Grêmio, pela Série B. O clube foi condenado a pagar R$ 30 mil e teve a sua solicitação acatada pela procuradoria, que determinou que parte do valor fosse direcionado para associações que atendem ao público LGBTQIA+ e para campanhas de conscientização.
O Cruzeiro também foi obrigado a adotar medidas combativas contra a discriminação. Entre elas, optou por conversar com líderes de torcidas organizadas para não incentivar o uso de gritos homofóbicos.
