A FIFA estreou na Copa do Mundo 2022, no Catar, uma nova tecnologia que promete mudar uma regra do futebol. O novo procedimento é o impedimento semiautomático, que já tem sido utilizado no Mundial e que tem o objetivo de diminuir o tempo da análise da infração por impedimento. Além disso, a ideia também é encerrar de vez o erro nos traçados das linhas do impetimento, que podem acarretar em falhas.
Com isso, uma regra que já dura mais de 30 anos no futebol chega ao fim, que é a “mesma linha”. Segundo o blog do Marcel Rizzo, do UOL Esporte, no começo dos anos 1990, a FIFA e a International Board haviam mudado a regra do impedimento que vigorava, dando condição aos jogadores que estivessem na “mesma linha” do último defensor.
O que foi avaliado na época foi que, a olho nu, era impossível analisar se um ombro, por exemplo, estaria à frente ou não. Agora, com o impedimento semiautomático em auxilio ao VAR, chega ao fim a regra.
Como funciona o impedimento semiautomático?
Segundo Rizzo, no Catar, a FIFA usa um sistema com 12 câmeras posicionadas em todo o estádio, controlado 29 pontos de dados em 50 frames por segundo, encerrando a discussão sobre o momento do passe para o jogador que recebe a bola. Isso porque um sensor na bola oficial da Copa do Mundo, a Al Rihla, envia dados para a sala do VAR, que começa a partir daí a análise.
Um dos lances que exemplificam a atuação do VAR com o impedimento semiautomático é o gol anulado de Lautaro Martínez, da Argentina, contra a Arábia Saudita na estreia da Copa do Mundo. O gol foi validado em campo, mas o VAR analisou o lance após o semiautomático avaliar e foi visto que um pedaço do ombro do centroavante estava à frente.

