Vivendo, à época, reta final de contrato com o Inter, Alex roubou a cena na ida da final do Gauchão de 2015, na Arena, ao ter uma conversa no pé do ouvido com o então técnico do Grêmio, Felipão, bem como ter respondido gremistas que o xingavam com: “Eu vou vir pra cá”. O que parecia algo impensável realmente não se concretizou, mas chegou a sair do campo das brincadeiras e flautas típicas de rivalidade.
Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, o ex-meia, que hoje trabalha no departamento de futebol do Corinthians, admitiu que, naquela ocasião, chegou a receber uma ligação de Rui Costa, que era diretor-executivo do Grêmio na época. Porém, as coisas não avançaram até por “respeito”, segundo Alex.
“Em 2015, ficou uma coisa de ‘Alex renova, Alex não renova’. E o Piffero esperou um tempo, a princípio não queria, mas eu acabei renovando. Aí teve um Gre-Nal na Arena e a torcida do Grêmio começou a me xingar. Teve até uma foto. E eu falei pra eles: ‘Olha que eu vou vir pra cá, hein’ (risos). Tinha dado um abraço no Felipão ainda, estava acabando o contrato. Mas sempre tive um respeito. Nunca gostei da tiração de sarro demais. O Rui Costa, que era diretor do Grêmio, me ligou e falou da repercussão positiva. Mas nós dois sabíamos que seria difícil e o respeito foi mantido”, comentou.
Além do Grêmio, Alex também esteve perto do Flamengo
Campeão da Libertadores, do Mundial, da Recopa e da Sul-Americana pelo Inter na primeira passagem, Alex não gostou de uma primeira oferta de renovação do Inter em 2015 e chegou a acertar com o Flamengo antes de, enfim, renovar. O Cruzeiro também esteve na parada para contratá-lo:
“Para você ter ideia, eu estava acertado com o Flamengo. Antes da chegada do Diego no Flamengo, eles estavam naquela reconstrução. E o Rodrigo Caetano me procurou, sabendo da minha situação no Inter. Eu conversava com o Juan sobre o Rio de Janeiro, porque eu tinha medo da questão da segurança da cidade e com a minha família. Mas eu queria seguir no Inter, não por comodidade, mas querendo ganhar algo ainda. Só que as coisas não caminhavam para isso. Falei para o meu empresário fechar com o Flamengo, eu ia embora”, comentou, para depois concluir.
“O que aconteceu foi que eu não achei justo o que a direção do Inter me ofereceu para renovar. Me trataram como um iniciante. E eu já tinha conquistado coisas no clube. Eu tinha dito pro Diego Aguirre, pros jogadores e pro Jorge Macedo, que era o executivo, que eu ia embora. Voltando de um jogo contra o Atlético-MG, disse pro Piffero que eu queria conversar com ele. Ele me recebeu na presidência e eu pedi honestidade apenas. Queria saber se ele contava comigo ou não. Me disse que sim, que eu era importante, que eu era um dos mais inteligentes. No fim, acertamos um valor e eu fiquei. Mandei meu empresário avisar o Flamengo e ele ainda me disse que o Cruzeiro chegou e que daria 200 mil reais a mais de salário que o Inter. Tinha dado a palavra. Mas, talvez sim, era o momento de sair”.
Alex acabou estando no ano traumático do rebaixamento do Inter no ano de 2016. Em seguida, foi dispensado pelo clube e não chegou mais a jogar profissionalmente desde então.

