O Cruzeiro e o América-MG assinaram um contrato de Compromisso de Fidelidade para mandar os jogos na Arena Independência, segundo informou a Radio Itatiaia.
Os valores envolvidos no acordo não foram divulgados — há uma cláusula de confidencialidade entre os clubes para a não divulgação do custo do estádio para o Cabuloso.
Segundo o presidente do América-MG, Marcus Salum, a Arena Independência “atende todas as expectativas para o espetáculo de futebol”. O dirigente afirmou que as prioridades de datas serão sempre do Coelho.
De acordo com Salum, “o Cruzeiro foi sempre muito respeitado pelo América, que entendeu prontamente quais são nossas necessidades e anseios, em um momento turbulento da discussão sobre estádios. Então, somos gratos pela maneira como esse acordo foi conduzido e esperamos que seja apenas uma primeira etapa de uma construção conjunta entre os clubes. Essa parceria só engrandece o futebol mineiro”.
Cruzeiro vai repassar valor mínimo ao América-MG
Conforme o novo acordo, o Cruzeiro deverá repassar um valor mínimo de arrecadação ao América em todas as partidas disputadas no Independência. Esse valor deverá ser pago mesmo em jogos com baixa presença de público.
Esse é o último capítulo da novela entre Ronaldo Fenômeno e a Minas Arena. O gestor do futebol do Cruzeiro deu inúmeras declarações afirmando que a empresa que o consórcio que administra o Mineirão dava mais prioridade aos eventos artísticos do que aos jogos de futebol.
A disputa entre o Cruzeiro o Minas Arena levou inclusive o governo de Minas Gerais a criar um comitê para fiscalizar as datas dos eventos agendados pela concessionária.
Fernando Marcato, o secretário de Infraestrutura e Mobilidade do Governo de Minas Gerais, disse que o comitê vai questionar a concessionária na tentativa de “harmonizar eventuais interesses comerciais, de shows, por exemplo, e outras atividades desenvolvidas no Mineirão com a atividade desportiva”.
O governo do Estado liberou a concessão do estádio para a Minas Arena em 2010. Segundo o acordo, a concessionária tem o direito de administrar o Mineirão até 2037.

