Home Futebol Comerciantes das proximidades do Allianz Parque relatam apreensão com jogo do São Paulo

Comerciantes das proximidades do Allianz Parque relatam apreensão com jogo do São Paulo

Presença do Tricolor como mandante, no estádio do Verdão, gera incerteza no comércio local

Bruno Bravo Duarte
Bruno Bravo Duarte é um jornalista que atua como editor, redator e repórter há mais de dez anos. Formado em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá em 2004, teve passagens por EQI Investimentos, Naspistas.com, Jornal Povo, Jornal do Rock e Niterói TV. Atualmente no Torcedores.com

A apresentação da banda Coldplay, neste final de semana, no Morumbi, impossibilitou a realização do jogo entre São Paulo e Água Santa no estádio Tricolor. Para manter o confronto na próxima segunda-feira (13), os comandados de Rogério Ceni entrarão em campo no Allianz Parque, que é a casa do Palmeiras.

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Essa não é a primeira vez em que os dois times prestam ajuda mútua neste ano. No mês de fevereiro, o Verdão venceu o Santos no Morumbi, após ter o seu estádio alugado para um outro evento cultural.

Apesar do clima amistoso entre os dois rivais, a presença da torcida São Paulina tem incomodado os comerciantes que atuam na Rua Palestra Itália, onde está localizada a arena do Verdão.

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Medo no comércio

O Palmeiras é uma grande referência no local, sendo parte da temática de muitas lojas que atuam na rua. De acordo com reportagem da ESPN, que ouviu a opinião de comerciantes no entorno, este fator causa grande insegurança no comércio.

Para a filha do dono da Lanchonete Palestrina, Juliana Maranhão, existe o medo relacionado a possíveis depredações causadas por torcedores.

“Para nós, é um absurdo. Será colocada em risco a nossa segurança e dos nossos colaboradores. Sou moradora do bairro, tenho uma filha de quatro anos e não vou nem levá-la à escola (na segunda-feira). É um absurdo a Federação (Paulista) ter liberado isso. É um absurdo o que a (presidente do Palmeiras) Leila (Pereira) está fazendo. O Palmeiras está pensando só no dinheiro, só no bem deles? É ridículo isso do São Paulo vir para cá mandar o jogo. Isso não existe, é muito perigoso”, questionou.

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“A PM diz que vai garantir nossa segurança, mas que garantia nós temos? Em outros jogos, mesmo com mando do Palmeiras, na final do Mundial, por exemplo, a polícia estava aqui na rua e mataram uma pessoa na nossa porta! […] Minha porta está ao lado de um monte de torcidas organizadas. Como vão garantir segurança? É um absurdo!”, continuou.

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“Vou ter que perder meu movimento, pois temos convênios aqui. Não vamos atender nossos clientes e vamos ter que fechar, porque quem garante nossa integridade física? Se entrarem aqui e saquearem nossa loja, a Leila vai cobrir nosso prejuízo? Não, ela não vai ressarcir. […] Já ficamos dois anos com as portas fechadas (na pandemia de COVID-19), aí vêm a Leila e a Federação e fazem isso com a gente. Seremos obrigados a fechar. É uma injustiça o que estão fazendo com os comerciantes e moradores. Estou indignada com tudo”, finalizou.

Em meio aos questionamentos, a reportagem da ESPN também entrou em contato com o Palmeiras, que realçou a importância da segurança pública em uma partida de futebol.

“Questões relacionadas à segurança pública são de responsabilidade das autoridades e dos órgãos competentes. Cabe salientar que a partida entre Palmeiras e Santos, realizada recentemente no Estádio do Morumbi, transcorreu sem qualquer transtorno diante da colaboração de todos os envolvidos no evento”, declarou o clube Palestrino.

Outra opinião

Para outros comerciantes, o duelo entre São Paulo e Água Santa pode representar um maior movimento durante a segunda-feira. O dono do Bar São Marcos, Jairo Costa Santos, pretende manter o seu estabelecimento aberto no dia do jogo.

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“Quando você vai na casa dos outros, não pode chegar bagunçando”, declarou o comerciante, que prestou uma pequena homenagem ao ex-goleiro Alviverde em seu estabelecimento comercial.

Outro espaço querido pelos torcedores palmeirenses é a Lanchonete Alva Verde, que fica localizada nas esquinas das Ruas Palestra Itália e Caraibas. Segundo um funcionário do local, é previsto que o restaurante funcione normalmente durante o jogo do São Paulo.

“Até agora não me falaram nada (sobre fechar as portas na segunda-feira). Estou convocado normalmente para vir”, informou.

Lojas esportivas

Além dos bares e restaurantes, a rua também conta com o comércio de materiais esportivos, com destaque para a Loja Oficial do Palmeiras, localizada na entrada do clube social. A princípio, o estabelecimento estará aberto na segunda-feira até às 18h.

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Outras lojas como a Tifosi, Verde e Branco e Porcolândia sofrem com o clima de incerteza. Para alguns vendedores, a grande presença da torcida Tricolor poderá afastar possíveis clientes alviverdes.

“Não vale a pena abrir… Até os próprios palmeirenses que passam por aqui diariamente vão ter medo de frequentar o lugar no dia”, declarou Vandelei Laurino, da Porcolândia.

Por fim, a ESPN também apurou a situação da Loja Mancha Alvi Verde, que vende produtos da maior torcida organizada do Porco. De acordo com a publicação, o estabelicimento será fechado e contará com um maior policiamento no seu entorno.

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