O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse que não há chance de o Corinthians se tornar uma SAF no futuro, mesmo que entenda que isso seja importante para vários clubes. Ao Podcast Casal Coringão, ele disse que ajudou na criação da Lei da SAF, que foi utilizada por clubes importantes como Vasco da Gama, Botafogo e Cruzeiro.
Porém, para Andrés, todas estas equipes foram vendidas por valores baixos e depois serão revendidas por uma fortuna.
“Não dou nem chance para isso. Mas eu ajudei o Rodrigo Pacheco, um excelente senador, presidente do Senado atualmente, que fez a SAF, e acho que é necessário para muitos times, dá independência. Mas acho que hoje em dia os clubes estão sendo vendidos muito baratos. Vão revender esses clubes daqui a dois, três anos, por fortunas”, disse Andrés, que logo falou sobre o Corinthians e disse que a equipe não tem que dar lucro e nem que ter uma dívida baixa.
“E o Corinthians, eu que fui presidente, sou torcedor, corintiano, vivi na arquibancada, eles querem me matar. Na minha conta, o Corinthians pode dever R$ 2 bilhões. É clube sem fim lucrativo. A imprensa maldita fica falando. O Corinthians não pode ter um dono, imagina ter um dono e no meio do ano ele vai lá e vender um Zezinho. Não pode ir nem em um restaurante.”
Qual é a saída do Corinthians?
O Corinthians, para Andrés, deve tomar outro rumo que não a SAF. Ele apostou na separação entre o clube social do Timão com o futebol, além de colocar parte dos diretos do clube na bolsa de valores. Para ele, o Flamengo pode tomar o mesmo caminho.
“Eu acho que o Corinthians, em mais alguns anos, tem que ter maturidade, separar o futebol do clube social, ter um novo CNPJ”, disse o ex-presidente.
“O clube social ser dono de 50,1% do futebol e colocar na bolsa de valores para vender ações. Acho que o Corinthians e o Flamengo vão seguir esse caminho.”
