A Conmebol dá sinais que se mostrará cada mais intolerante a casos de racismo registrados nas competições que organiza. Na última quarta-feira (15), a entidade condenou o Carabobo, da Venezuela, a pagar uma multa de US$ 100 mil (cerca de R$ 531 mil na cotação atual). No jogo da Libertadores contra o Atlético-MG, torcedores do time da casa proferiram ofensas racistas para com a delegação do Galo, durante a chegada no estádio em Caracas.
O episódio se deu antes da bola rolar para o confronto de ida entre as equipes, realizado em fevereiro, pela segunda fase preliminar da Libertadores. O duelo terminou empatado sem gols, e na volta o Atlético-MG confirmou a classificação atuando em Belo Horizonte.
Na oportunidade, o Carabobo chegou a repudiar a ação dos torcedores, publicando uma nota oficial, mas a atitude dos aficionados foi punida.
“Nós do Carabobo FC manifestamos nossa condenação contra todo ato de racismo e xenofobia no mundo. Repudiamos veementemente estes atos que atentam contra os direitos e a dignidade das pessoas, e que nada têm a ver com os valores que são promovidos dentro do clube”.
A Conmebol também publicou um manifesto, afirmando que qualquer ato de racismo é algo “inaceitável”. A decisão de multa cabe recurso por parte do time venezuelano, que já atua mais na edição 2023 da Libertadores. Nos últimos anos, a entidade tem sido fortemente pressionada, principalmente por times brasileiros, para endurecer o cenário de punições para casos de racismo.
LIBERTADORES – SORTEIO
No próximo dia 27 de março, em Luque, a Conmebol promoverá o sorteio para definir o chaveamento da fase de grupos da Libertadores. O Atlético-MG se juntou ao sexteto com a classificação nesta quarta (15), pra cima do Millonarios, e o Fortaleza tem chances de ampliar o índice de representantes, caso passe pelo Cerro Porteño nesta noite.

