Sempre com opiniões convictas, Gabigol, ídolo do Flamengo, fez uma ressalva importante sobre os torcedores do time. Em sua visão, os rubro-negros, em alguns momentos, acabam se precipitando nas arquibancadas e os jogadores são prejudicados em campo. Sendo assim, além de citar o episódio na Recopa Sul-Americana, o camisa 10 lembrou que Willian Arão, que empilhou títulos pelo clube, virou alvo de um sentimento de ingratidão antes de ser negociado com o Fenerbahçe.
Exaltando a força do Flamengo com sua “Nação”, Gabigol lembrou o clima no duelo contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, que marcou a temporada de 2022. Sendo assim, o atacante cobrou que os torcedores precisam estar cientes que devem ajudar o time, algo que foi visto na classificação diante do Fluminense, na atual edição do torneio nacional.
“Tem coisas que a torcida do Flamengo faz que eu acho que é errado. Como teve agora na Recopa, que o jogo não tinha acabado e eles começaram a vaiar. Aí a gente fez o gol e eles torceram pra gente. Não concordo com isso! Ainda mais depois do que a gente viveu em 2019, que eles cantaram até os 93 e a gente virou o jogo. Eles são importantes! Não concordo com o último jogo do Arão ter sido daquele jeito. Ele foi embora vaiado do Flamengo, um cara que tem 500 e tantos jogos. Não concordo com isso”, disse ao podcast ’10 e Faixa’, de Diego Ribas.
“Quando começam a vaiar o próprio jogador, está indo contra o clube dele. A torcida do Flamengo tem uma força tão grande quando apoia e grita. A gente teve agora a parada do ‘inferno’ que a gente fez e eles foram totalmente importantes, protagonistas daquela virada. É um jogador a mais, mas eles também podem ser um jogador a menos. Quando o cara for embora, bate palma para o cara! Foi lindo ver vocês se despedindo agora, com aquela festa. Os próximos jogadores também vão querer, eu também vou querer. Eles podem fazer mais isso, com todos os jogadores”, acrescentou.
Na sequência, Gabigol comentou sua relação de amor com os torcedores do Flamengo. Apesar da cobrança mútua ser vista como saudável, ele acredita que não se pode passar do ponto. Dessa forma, mesmo com o desejo de se aposentar no Flamengo, o cenário pode mudar caso a situação fique caótica.
“Tem coisa também que eu levo numa boa. Eles pegam muitos no meu pé, e eu gosto disso. Eu pego no pé deles e é uma relação que vai acabar em amor e está tudo bem. É só não passar do ponto! Tem momento que eles dão uma viajada e aí eu não concordo. Mas não tenho problema com isso. Eu gosto muito de estar no Flamengo, me identifico e me vejo neles. Mas se chegar o momento que eu ver que eles estão ultrapassando, não tem problema também de mudar. Mas é algo que eu amo muito, espero ficar muito tempo. Tomara que eu consiga ficar até os 35 e me aposentar no Flamengo. Tomara“, destacou.

