Em abril foi anunciado que o Washington Commanders seria vendido ao grupo capitaneado pelo empresário Josh Harris por 6 bilhões de dólares (o equivalente a R$ 29,7 bilhões). No entanto, uma reportagem do Washington Post revelou que algumas complicações legais relacionadas ao atual dono da franquia, Dan Snyder, podem travar a transação.
De acordo com duas fontes do jornal que têm conhecimento sobre as negociações, parte significativa do problema está relacionada com questões legais envolvendo o vazamento de e-mails que levaram à demissão de Jon Gruden dos Raiders em 2021. Naquela época foi revelado que o ex-técnico havia trocado mensagens com tom racista, homofóbico e misógico com o presidente do Commanders, Bruce Allen. Desde que foi demitido, Gruden está processando a NFL por usar o vazamento para sabotar publicamente sua carreira.
Os advogados de Snyder argumentam que o dono da equipe de Washington não pretende indenizar a liga e outros times no futuro por conta do caso Gruden. Além disso, ele não quer ser responsabilizado legalmente pelas ações do comissário Roger Goodell e do advogado da liga, Jeff Pash, neste caso. Segundo uma das fontes, a irmã de Snyder, Michele, que é uma das donas minoritárias da equipe, também não estaria disposta a bancar qualquer tipo de indenização para os outros proprietários da NFL. Apesar deste empecilho, todas as partes concordaram que indenizariam a liga por eventuais danos decorrentes das ações dos donos do Washington Commanders.
A expectativa era de que a venda da equipe fosse aprovada na próxima quinta-feira (20), quando os donos de todos os 32 times da NFL vão se encontrar para uma reunião em Minneapolis. No último encontro entre eles, que aconteceu em maio deste ano, a transação estava dada como praticamente certa. No entanto, este novo problema legal com Dan Snyder pode travar a aprovação da venda.

