O Fluminense não repetiu o vexame do Flamengo e, com show de John Kennedy e Cano, bateu o Olimpia por 3 a 1, em Assunção, e está na semifinal da Libertadores da América. Diferentemente do rubro-negro, o Tricolor suportou a pressão inicial dos paraguaios, não se intimidou e segue vivo na competição continental. Milton Neves diz que o time carioca foi “vacinado” após tropeço do rival no mesmo palco.
– O Fluminense foi para o Paraguai, como a gente diz lá em Muzambinho, meio “cabreiro”. Pois sabia que a vantagem dos dois gols feitos no Maracanã era grande, é verdade. Mas ao mesmo tempo se lembrava do rival Flamengo, que chegou a ter contra o mesmo Olímpia exatamente a mesma vantagem (com o gol de Bruno Henrique no começo do segundo jogo), mas ainda assim levou a virada e acabou fora da Libertadores – disse Milton.
O jornalista, inclusive, não deixou de dar uma cutucada em alguns personagens polêmicos do Flamengo. Além disso, exaltou a equipe comandada por Fernando Diniz.
– Mas o Fluminense não é o Flamengo. Cano não é Gabigol. E, principalmente, Diniz não é Sampaoli. E, com extrema competência, o time comandado pelo técnico da nossa seleção não deu sopa para o azar no Defensores Del Chaco. Armado em um esquema arrojado, o Flu conseguiu em um contra-ataque abrir o placar com John Kennedy – acrecentou Milton.
Na semifinal, o Fluminense encara o Internacional. A primeira partida será no Maracanã, e a decisão é no Beira-Rio, em Porto Alegre.
– Trabalhamos muito para esse jogo. Fizemos o que tínhamos que fazer. Trabalhamos muito. Foi um desgaste muito grande mentalmente e fisicamente. Sabíamos que íamos fazer um jogo muito difícil contra um time e uma a torcida que apoia muito. Conseguimos fazer o que o Fernando (Diniz) pediu e muito feliz de ter passado da próxima fase – comemora Cano.
Milton Neves crava finalista Libertadores
No UOL Esporte, Milton avaliou o duelo entre Palmeiras e Boca Juniors, mas não vê o time argentino como um bicho papão. Pelo contrário, acredita que o Verdão deverá disputar o título.
“O Boca Juniors, por muitos anos, foi o clube mais temido da América do Sul e um dos rivais mais complicados do mundo. Sim, “foi”. Hoje já não é mais! Completamente banguela, o time argentino há tempos tem colecionado fracassos nas competições continentais. E o pior que, de temido, o clube de Buenos Aires acabou virando freguês das equipes de nosso país”, iniciou Milton Neves.
“Por isso, palmeirenses, nada de temer o outrora poderoso Boca Juniors nas semifinais da competição da Conmebol. E aposto com vocês que a equipe portenha dará ao Verdão menos trabalho até mesmo do que o Deportivo Pereira. O Alviverde já está na final!”, complementou o jornalista.

