Home Extracampo Estudo aponta que 41% dos negros do futebol brasileiro já foram vítimas de racismo

Estudo aponta que 41% dos negros do futebol brasileiro já foram vítimas de racismo

CBF apresentou dados de pesquisa sobre tema que teve aumento em casos no esporte recentemente

Nayla Lima
Apaixonada pelo mundo da comunicação e dos esportes, sou colaboradora do Torcedores por ser o melhor lugar para unir ambas paixões. Universitária, redatora há mais de 5 anos, mãe do Pietro e torcedora nas horas vagas. @nayla_mayara

Na última quinta-feira (31), o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, junto à Confederação Brasileira de Futebol e a Nike, publicou um estudo onde aponta que 41% dos profissionais que atuam no futebol disputado no Brasil e são negros já foram vítimas de algum tipo de racismo durante o exercício da sua atividade. A investigação inclui atletas, membros de comissão, arbitragem, entre outros especialistas do ramo.

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Racismo no futebol

Com os incidentes frequentes de racismo na Conmebol e sofridos por Vinícius Júnior na Espanha, a conversa de racismo no futebol se tornou mais constante. Assim, a CBF analisou a situação no esporte e realizou uma pesquisa junto com o Observatório de Discriminação Racial do Futebol e a Nike.

O levantamento consultou aproximadamente 508 profissionais do futebol nacional e questionou detalhes relacionados à raça, religião, orientação sexual e origem, avaliando se houve uma discriminação sobre algum destes aspectos durante a prática dos seus trabalhos.

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Entre os entrevistados, 41% dos profissionais afirmam terem sido vítimas de racismo em alguma ocasião. Dos ataques, a pesquisa da CBF afirma que 53,9% dos ataques em estádios e 31% nas redes sociais. A pesquisa também avaliou que há outro tipo de intolerância sofrida pelos atletas, como intolerância religiosa, LGBTfobia, entre outras discriminações.

Resposta da CBF sobre a investigação

Por conta dos resultados, o presidente da CBF emitiu um comunicado informando: “Com esse diagnóstico, vamos trabalhar ainda mais para banir essas e outras práticas discriminatórias do futebol, dentro ou fora dos campos. Não podemos tolerar o racismo, o medo e a discriminação”.

Ednaldo Rodrigues ainda desejou que os acertos no combate ao racismo tenham repercussão e alcance mais pessoas: “Que cada vitória no combate a esse, que é um mal global, possa reverberar não só na cadeia do futebol brasileiro, mas em toda a sociedade”.

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E finalizou: “O atual estágio da luta contra a discriminação racial nos indica que precisamos saber onde estão os negros e que cargos ocupam para além das quatro linhas, afinal na luta contra o racismo precisamos promover a diversidade, a inclusão”.

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