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Dupla Fla-Flu tem oferta recorde por naming rights do Maracanã

Valor de R$ 55 milhões por ano supera demais acordos de estádios brasileiros

Douglas Nunes
Formado em Jornalismo e com especialização em jornalismo esportivo, Douglas é jornalista há mais de 10 anos. Trabalhou com assessoria na Escola Zico e no Audax-RJ, além de ter sido repórter do Grupo O Dia. Está no mercado de iGaming desde 2016.
Dupla Fla-Flu tem oferta recorde por naming rights do Maracanã

A partida entre Fluminense e Ceará está mantida para esta quarta-feira. Foto Alamy

O consórcio formado por Flamengo e Fluminense recebeu sinalização de uma proposta anual de R$ 55 milhões pelos naming rights do Maracanã. A informação é do site GE. A negociação ainda está em desenvolvimento e depende da autorização do Governo do Estado do Rio de Janeiro, responsável por avaliar questões legais relacionadas ao estádio.

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A oferta representa um passo importante no plano de exploração comercial do Maracanã, administrado pela Sociedade de Propósito Específico Fla-Flu Serviços desde 2024. Além disso, dirigentes dos dois clubes acreditam que o valor pode subir durante as tratativas, embora façam a avaliação com cautela.

Avaliação jurídica segue em andamento

A Casa Civil analisa se o edital de concessão permite a venda dos naming rights. O documento não proíbe nem prevê especificamente esse tipo de negociação. Por outro lado, o governo também considera o tombamento do estádio, o que exige atenção à preservação de elementos históricos.

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Apesar do ritmo cuidadoso, há confiança entre Flamengo e Fluminense de que o avanço será possível. A diretoria vê o modelo como uma fonte de receita estável. Agora, o processo segue para pareceres técnicos que devem orientar a decisão do Estado.

Meta considera valor superior ao já sinalizado

Os administradores do Maracanã trabalham com uma meta próxima de R$ 70 milhões anuais, embora reconheçam que esse número é difícil de alcançar no cenário atual. Portanto, a expectativa realista é fechar o acordo por um valor ligeiramente acima de R$ 55 milhões, o que já significaria o maior contrato de naming rights do país.

Mais de uma empresa demonstrou interesse na compra. As conversas envolvem questões como o nível de exposição da marca, áreas disponíveis para ativação e tamanho da identidade visual no estádio. Por outro lado, também se discute o prazo do contrato, que pode influenciar diretamente no valor final.

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Estádio amplia arrecadação com novos negócios

A gestão Fla-Flu tem buscado diversificar receitas no Maracanã. O estádio realizará no próximo dia 18 de novembro um leilão de 40 camarotes. Esse movimento acompanha o aumento da receita com patrocinadores e eventos corporativos. Assim, o consórcio tenta fortalecer financeiramente o complexo esportivo e reduzir a dependência do calendário de jogos.

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Dentro do governo, há opiniões diferentes sobre a extensão da venda do nome. Uma corrente defende que apenas setores ou áreas específicas do estádio recebam novas denominações comerciais. Outra parte considera possível uma parceria completa, desde que o nome histórico seja preservado visualmente ou documentalmente.

O governador Cláudio Castro tratou o assunto com “ceticismo e dificuldade” recentemente. Mesmo assim, a chegada de uma proposta formal tende a acelerar o debate.

Fla-Flu projeta estratégia de longo prazo

A concessão atual garante a gestão do estádio pelos próximos 20 anos. O Flamengo possui 65% da sociedade e o Fluminense administra os 35% restantes. No plano original, os clubes não incluíram a venda de naming rights como fonte de receita, mas revisaram o direcionamento ao encontrarem espaço comercial no mercado.

Paralelamente, o Flamengo avaliou a possibilidade de construir um estádio próprio no terreno do Gasômetro, adquirido por cerca de R$ 140 milhões. Estudos internos, porém, estimaram custo total próximo a R$ 3 bilhões. Portanto, o projeto ficou suspenso. Agora, dirigentes consideram o Maracanã como prioridade central nas operações estruturais do clube.

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A dupla Fla-Flu, assim, busca transformar o local em uma arena mais sustentável financeiramente e alinhada a modelos internacionais.

Proposta colocaria o Maracanã no topo dos naming rights no Brasil

Uma oferta na casa dos R$ 55 milhões por ano colocaria o Maracanã na liderança isolada entre os naming rights de estádios no país. Hoje, o acordo mais alto em valor anual é o da Arena Pacaembu, rebatizada como Mercado Livre Arena Pacaembu, que rende cerca de R$ 33,3 milhões por ano ao longo de 30 anos.

Logo atrás aparecem Morumbis, com R$ 25 milhões anuais, e Vila Viva Sorte, na Vila Belmiro, com R$ 15 milhões por ano. Allianz Parque e Neo Química Arena também se mantêm nesse patamar. Portanto, caso o consórcio Fla-Flu confirme a venda por um valor próximo ao estimado, o Maracanã se tornará o estádio com o naming rights mais caro do futebol brasileiro.

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