Home Futebol Zé Elias relembra pânico em acidente de avião com o Corinthians em 96: “falavam que ia explodir”

Zé Elias relembra pânico em acidente de avião com o Corinthians em 96: “falavam que ia explodir”

O volante Zé Elias fazia parte do elenco do Corinthians na Libertadores de 1996, fatídico ano em que um acidente de avião quase provocou uma tragédia.

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Reprodução/ESPN

O ex-jogador, que se aposentou aos 32 anos por problemas físicos, concedeu entrevista ao UOL e relembrou o dia do voo e a reação dos atletas.

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“A gente já ficou com medo, porque o avião… você batia no avião assim, saía pó das poltronas. Um avião velho. Na hora de vir embora, Quito é cercado de montanhas, então você já tem que sair no máximo. Você entra na pista e já tem que estar com a turbina na porrada para poder pegar força e subir”, lembrou o ex-volante do Corinthians.

Era 1º de maio de 1996 e o Corinthians havia entrada em campo no dia anterior, em Quito, quando venceu o Espoli (EQU) por 3 a 1 pelas oitavas de final da Libertadores.

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“Na que ele entrou na pista de novo, levantou voo, levantou um pouco e caiu de novo. Foi para o chão, tentou parar. Eu lembro que eu estava na poltrona, olhando aquela fumaça do freio queimando borracha, aí acabou a pista. O avião começou a bater, bater, e aí parou”, disse o ‘Zé da Fiel’.

Na ocasião, o avião teve problemas para decolar, o piloto tentou arremeter, o avião derrapou na pista, bateu em um muro do aeroporto e por pouco não invadiu uma avenida próxima ao local.

“No que ele parou, só vi o Bernardo (ex-volante) passando assim. O Bernardo passou, o Cris, que era zagueiro, tava dando soco para máscara cair e aquele desespero. A moça da frente dizia: ‘vem, vem pra cá’. E a de trás falando: ‘corre que o avião vai explodir’. Porque uma asa estava vazando querosene e a outra pegou fogo”, relembrou Zé, atual comentarista da ESPN.

“Saí correndo, pulei o escorregador, mas eu pulei fora do escorregador. Então derrubei o seu Mário Travaglini (diretor na época), que depois teve duas fraturas de vértebras. Na hora do acidente, estava todo mundo chorando e eu rindo. No meu estado de nervos, fiquei rindo. Quando eu tive que refazer a mala para viajar de novo naquela semana, falei: ‘não subo em avião’.”

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