Home Esportes Olímpicos Acostumada com pódios, Gabi Guimarães vai em busca de sua primeira medalha olímpica no vôlei

Acostumada com pódios, Gabi Guimarães vai em busca de sua primeira medalha olímpica no vôlei

Atleta soma nove medalhas apenas com a Seleção Brasileira. Mas ainda falta a glória olímpica para consagrar uma carreira solidificada

Aécio de Paula
Colaborador do Torcedores.com.
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Gabriela Braga Guimarães. O nome pode não parecer muito familiar para quem não acompanha de perto o vôlei do Brasil. Experimente apenas “Gabi”. O nome simples não dá conta da complexidade de uma atleta que tem apenas 25 anos. Mas a juventude não a impede de ter uma carreira já consagrada. Só com a Seleção Brasileira, são nove medalhas conquistadas. Dentre estas, cinco são de ouro. Ou seja, o que não falta é história para contar.

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No alto de sua carreira, Gabi conquistou o carinho do público e se tornou uma das atletas mais queridas do torcedor brasileiro. Lidera, junto com outras meninas, essa nova geração do vôlei feminino do Brasil. É a geração que sucedeu o time que encantou o mundo com o bicampeonato olímpico em 2008 e 2012. Gabi já pode dar o famoso ‘check’ em sua lista. Medalhas aos montes, check, popularidade, check, respeito dos adversários, check. Não falta mais nada para a mineira, certo? Errado.

Falta sim. Falta uma medalha olímpica. Gabi esteve no time que teve a oportunidade de subir ao pódio em casa. No Rio de Janeiro, em 2016, o sonho do tricampeonato em sequência acabou não seguindo em frente. Isso porque tinha uma China no meio do caminho. O time brasileiro acabou parando nas Quartas de Final da competição e a medalha de Gabi teve que ser adiada.

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A caminhada

Mas para contar a história da Gabi, nós vamos ter que voltar muito lá atrás. Isso porque antes de começar a jogar vôlei, a atleta começou a se aventurar em outros esportes. E não foram poucos. Natação, tênis e futebol foram só alguns exemplos. Mas foi em Belo Horizonte que ela pareceu encontrar um horizonte muito mais belo para ela: o vôlei. Aos 14 anos, Gabi já tentava treinar no time do Minas Tênis Clube.

Mas veio mais um baque. O time considerou a jogadora baixa demais e ela foi dispensada. A mineira baixinha não desistiu e foi treinar na equipe do Mackenzie Esporte Clube. Não sabia ela que aquele era o primeiro passo de uma longa história.

Em entrevistas, Gabi costuma revelar que tem 1,80m. Mas de acordo com o site oficial do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ela tem 1,76m. Alguns centímetros a mais ou a menos não mudam uma história que encanta torcedores.

As conquistas

Só com a Seleção Brasileira, Gabi já conquistou nove medalhas. Foram quatro ouros e um bronze em edições do antigo Grand Prix. Na nova versão da competição, a Liga das Nações, a jogadora tem uma prata conquistada na edição passada, em 2019. Além disso, há um bronze no Campeonato Mundial da modalidade, em 2014 e uma prata na Copa do Campeões do Japão, em 2017. A jogadora disputou duas edições do Campeonato Sul-Americano. Também venceu as duas.

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Com o Minas, Gabi conquistou o Campeonato Sul-Americano de Clubes, em 2019. Além disso, foi prata no Mundial de Shaoxing, em 2018. Com o Rio de Janeiro, a atleta conquistou uma incrível sequência de quatro títulos sul-americanos, entre 2013 e 2017. Além disso, conquistou ainda duas pratas em competições mundiais com o time da capital carioca. Atualmente, Gabi joga no VakıfBank, da Turquia.

Tóquio 2020

A medalha que falta pode não faltar mais daqui a alguns meses. É que Gabi terá a oportunidade de conquistar a medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, deste ano. A convocação ainda não foi realizada. Mas o Brasil já está classificado e Gabi passa a ser uma das favoritas para a convocação do técnico José Roberto.

A seleção feminina do Brasil não é vista como uma das favoritas ao pódio. Essa opinião é baseada sobretudo nas últimas apresentações e nos últimos resultados da equipe nacional. O último grande título da seleção feminina aconteceu em 2017, no Grand Prix. A ausência no pódio em algumas competições importantes também incomodam. Tudo isso separa o Brasil dos grandes favoritos.

Mas para quem já foi chamada de baixinha e dispensada mais de uma vez, esse parece ser só mais um desafio a ser batido. “Eu tenho que me destacar pela qualidade e pela velocidade. O grande segredo é muito trabalho e dedicação”, disse a jogadora.

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