A Argentina acabou de conquistar a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Será portanto a segunda vez na história que a equipe vai disputar as Olimpíadas. A primeira vez foi nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Ou seja, a equipe está começando a construir uma história olímpica sólida. Mas mesmo assim, a equipe ainda sofre com a falta de apoio no país vizinho. O esporte, por exemplo, ainda não é profissionalizado por lá.
Você conhece o canal do Torcedores no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram
Dessa forma, mais de 200 atletas do esporte assinaram um manifesto para pedir apoio ao vôlei feminino. Entre essas jogadoras, estão todas as meninas que acabaram de conquistar a vaga olímpica na Colômbia no início deste mês. De acordo com informações do jornal argentino Olé, o número de jogadoras que estão se juntando ao manifesto está crescendo muito rápido.
No manifesto, as jogadoras pedem basicamente melhorias em dois pontos. O primeiro é a profissionalização do vôlei no país. O segundo é a igualdade salarial entre homens e mulheres na modalidade. Isso porque estima-se que os atletas homens recebam muito mais benefícios do que as mulheres no país. Portanto, isso contraria a tendência mundial. A própria Federação Internacional de Vôlei (FIVB) já iguala as premiações dos seus principais torneios.
O que diz o manifesto
As jogadoras de vôlei direcionaram o manifesto para várias entidades. “Esta carta é para a mídia, jornalistas, opinião pública e fãs em geral. As jogadoras de voleibol se reúnem para solicitar a profissionalização do voleibol feminino e a melhoria das condições em que estão hoje, tanto nas categorias mais altas quanto nas de base”, inicia o manifesto.
“Nossa modalidade é muito popular na Argentina. É o esporte mais praticado em escolas e clubes de todo o país. Os jogadores federados dobram (20.520) o número de homens (10.146) que jogam em todo o país, segundo dados oficiais”, seguem.
“No entanto, (o vôlei na Argentina) sempre ocupou um lugar marginal na organização de clubes, ligas nacionais e mídia esportiva especializada. Na última vez, a equipe feminina conquistou classificações para as duas últimas Copas do Mundo. Além disso, conquistamos a classificação para Rio 2016 e Tóquio 2020. Isso sem falar de um pódio nos Jogos Pan-Americanos. Está longe de nossa intenção de enfrentamento. Isso porque não queremos ir contra clubes ou federações. Nossa busca é simples, nossos motivos são claros e nossos fundamentos são mais do que válidos”, completa o manifesto.
