Home Futebol Apresentada no Santos, Cristiane relembra ataques: “Redes sociais são armas para os covardes”

Apresentada no Santos, Cristiane relembra ataques: “Redes sociais são armas para os covardes”

Atacante voltou ao Santos após oito anos e falou sobre saída conturbada do rival São Paulo

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Redação do Papo de Mina

Oito anos depois de deixar o Santos, Cristiane retornou ao clube onde teve projeção na carreira. Nesta segunda (20), a camisa 11 foi apresentada oficialmente em coletiva de imprensa, após uma temporada no rival São Paulo, e poucos dias dos ataques sofridos por torcedores e páginas da equipe tricolor. O tema que foi relembrado durante o bate-papo com os jornalistas.

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“As redes sociais são armas para os covardes que ficam escondidos atrás de um celular”, afirmou a jogadora.

“Foi difícil. Eu recebi críticas ofensivas e maldosas, de perfis com quase um milhão [de seguidores], porque usavam o nome do clube. Quando você tem muitos seguidores, você influencia as pessoas. Contaram mentiras, falaram coisas que não apuraram. Eu comecei a receber ataques. Eu até chorei, porque falava: ‘isso é mentira’. As pessoas precisam entender que atleta tem sentimentos.”

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Na última semana, após anunciar a saída do São Paulo, muitas críticas foram direcionadas à atacante, principalmente em forma de comentários hostis. A jogadora se pronunciou sobre o assunto e pediu respeito.

Sonho antigo do Santos

Durante a apresentação, o gerente de futebol das Sereias da Vila, Alessandro Rodrigues, e o presidente José Carlos, falaram como foi a negociação com Cristiane. A atacante já era desejo do clube desde 2018, ainda enquanto atuava fora do Brasil. No entanto, o sonho de repatriar a atleta foi realizado pelo São Paulo na temporada passada.

“Eu escrevia várias mensagens no WhatsApp, mas depois apagava e não mandava. Esse é o respeito que eu tenho pela Cristiane”, contou Alessandro. “Eu contei com a ajuda crucial do Peres [para contratá-la]. A importância que tem para a torcida. Foi difícil, por outro lado foi prazeroso. O mercado está difícil. Você tem obrigatoriedade dos clubes [terem um time feminino], com um número reduzido de atletas”, concluiu.

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Confira mais da entrevista

Contatos anteriores
– É um namoro antigo. Desde o ano passado eles tinham tentado uma conversa. Mas as coisas não aconteceram. Eu conquistei muitas coisas com as meninas aqui. Nós conseguimos alavancar o nome do Santos. A gente entende que tem que voltar a estar no topo.

Evolução do futebol feminino
– Foi um ano [2019] muito importante de observar a evolução do futebol feminino no Brasil. Vamos ter um Campeonato Brasileiro bem equilibrado. É muito legal ver as meninas voltando para o Brasil. Isso é muito importante. Converso com a Pelle [Aline Pellegrino]. Ela também conversa muito comigo. Tem essa abertura para falar sobre o que pode ser melhor. É importante manter contato. A Pelle já falou do campeonato, o que dá pra fazer.
Não sei como funciona no masculino, se os atletas tem toda essa abertura. O Campeonato Paulista é muito forte, vai estar ainda mais competitivo.

Lesões na última temporada
– As lesões me prejudicaram, sim. Tive altos e baixos. Projetei um ano diferente, voltei antes das minhas férias. Não passei muito tempo parada. Fiz uma base antes. Estou me cuidando mais ainda, deixei muito a desejar [no ano passado]. Tenho total consciência das coisas que eu deixei faltar.

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