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O goleiro da Juventus alcançou a marca de 647 jogos no Campeonato Italiano. Dessa forma, igualou Paolo Maldini, outra lenda do futebol do país, que esteve presente no mesmo número de confrontos. Sendo assim, o arqueiro pode assumir a liderança do ranking e aumentar ainda mais seu legado dentro dos gramados, mas deixou claro que não deseja ser exemplo para os mais jovens, e sim motivo de reflexão.
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”Fico muito orgulhoso. É o exemplo de uma vida que é feita de sacrifício e suor, mas também de coisas muito bonitas. Ainda assim, não quero ser um exemplo para ninguém, não me sinto na autoridade de educar alguém, isso cabe ao pai de cada um. Prefiro ser um motivo de reflexão, de alguém que teve a humildade de sofrer para vencer. Se uma família à mesa vê Buffon fazendo 700 aparições na Serie A, o pai diz: ‘Veja Buffon, além do homem, que eu não conheço, ele teve o caráter de sofrer em certos momentos, a capacidade e a humildade de melhorar’. Quero ser isso para meus filhos, mas não quero pressioná-lo”, declarou ao site ”Calcio Mercato”.
Em carta ao site ”The Players Tribune”, Buffon revelou que passou por momentos difíceis em sua vida, superando um quadro de depressão.
”Se vive de uma forma niilista, prestando atenção apenas em futebol, sua alma começa a mudar. No final, estará tão deprimido que não terá vontade de sair da cama. Pode rir, mas é o que vai acontecer. Chegará no momento mais alto de sua carreira, quando alcançar tudo o que um homem sempre desejou. Terá dinheiro, respeito. Será chamado de ‘Superman’. Os erros são importantes para lembrarmos que somos humanos. O mundo do futebol vai te convencer de que você é especial, mas não se esqueça de que você é igual a um eletricista, a alguém em um bar e dos seus amigos”, contou.
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