A situação delicada do Cruzeiro é motivo que preocupa todo torcedor celeste. O clube, no entanto, tem demonstrado se movimentar em busca de uma recuperação administrativa. Nesta sexta-feira (10), o Núcleo Dirigente Transitório, que gere o clube desde 23 de dezembro, divulgou um plano de ações para dar andamento ao processo de recuperação da Raposa.
O plano de ações do Cruzeiro tem como premissa cortar custos e também gerar em receita. Em 2020, com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro, a expectativa é que a Raposa tenha um orçamento de R$ 80 milhões. No passado, o orçamento girava em torno de R$ 350 milhões – há também a estimativa que a dívida da Raposa gire em torno de R$ 800 milhões.
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O plano de ações cruzeirense
– 98 funcionários (entre CLT e PJ) já foram demitidos, em processo que ainda está em andamento, e a economia estimada até agora é de 25 milhões/ano;
– Mais de 50% da frota de veículos do Clube será vendida, restando somente os essenciais;
– Está sendo feito um levantamento geral de todos os departamentos, para analisar situações que ainda possam gerar mais economia;
– O Clube tem realizado um estudo para um melhor aproveitamento dos imóveis, com redução de custos e visando rentabilidade. Para isso são avaliados todos os aspectos jurídicos e fiscais.
Palavra oficial
Presidente do Núcleo Dirigente Transitório, o empresário Saulo Fróes analisou a situação do Cruzeiro e projetou os resultados que o plano de ações tem como objetivo alcançar. “Em resumo, é uma situação muito complicada. E a cada dia que passa nós temos uma surpresa, com contratos fora da realidade, que prejudicam o Cruzeiro e nos colocam em uma situação de vulnerabilidade. As dívidas, que inicialmente estavam orçadas em 700 milhões, hoje já ultrapassaram R$ 800 milhões, e ainda não é um número preciso, porque a cada hora vão aparecendo mais coisas”, disse Fróes.
“Mas doa a quem doer. Todas as irregularidades que foram cometidas na gestão passada serão levadas à justiça e o Cruzeiro está aberto para as autoridades a qualquer hora. Este conselho gestor não compactua com nenhum tipo de irregularidade. Estamos cobrando das autoridades, para saber do andamento dos processos”, concluiu o presidente do núcleo gestor.
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