Home Futebol Dadá Maravilha coloca Flamengo como “fora da curva”, mas diz que futebol brasileiro “dá vontade de chorar”

Dadá Maravilha coloca Flamengo como “fora da curva”, mas diz que futebol brasileiro “dá vontade de chorar”

Campeão do mundo em 1970 valorizou o futebol amador durante a Taça Kaiser e cobrou mais amor à camisa dos jogadores

Rafael Alves
Colaborador do Torcedores
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As atuações do Flamengo em 2019 se destacaram e atraíram muito o interesse de quem não acompanhava o futebol mais recentemente. Segundo o ídolo do Atlético-MG e ex-jogador da equipe rubro-negra, Dadá Maravilha, o time comandado pelo português Jorge Jesus foge da curva, mas o futebol nacional está muito abaixo que o clube carioca.

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Durante a final do torneio de várzea Taça Kaiser no último domingo (26), Dadá Maravilha falou sobre a importância do esporte amador e comparou a vontade dos jogadores com os profissionais. “O futebol de várzea é o futebol raiz. Infelizmente eu tenho que constatar que o futebol de verdade é o amador. A gente vai torcer para Atlético-MG, Cruzeiro, Corinthians, São Paulo… dá vontade de chorar. O Flamengo é fora da curva”, disse.
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O campeonato, vencido pelo Vasco da Gama, de Esmeraldas (MG), contou com grande organização e apoio dos torcedores pelo Brasil. Dadá Maravilha se surpreendeu com alguns atletas das equipes finalistas. “Fiquei encantado com muito jogador que participou da Taça Kaiser. Pelo menos três jogadores conseguiriam atuar pelo Atlético-MG ou pelo Cruzeiro, facilmente.”

“De vez em quando, o futebol tem que ser pelada. Amor à camisa, disposição. A gente não vê isso. Eu lamento falar isso porque sou do futebol do passado. Joguei na maior seleção que o mundo já viu, a de 1970, com Pelé. Quero deixar bem claro que dá para fazer, é só treinar. Não é só ganhar dinheiro. Hoje os caras perdem um jogo, mas saem rindo. Vejo entrevistas de jogadores de 17 anos que falam que o sonho deles é jogar na Europa. Na minha época, eu queria ser jogador do Atlético, no futebol brasileiro”, destacou Dadá Maravilha.

Sobre a Taça Kaiser

A equipe vitoriosa foi o Vasco de Esmeraldas, de Belo Horizonte. Classificado após vencer o Corujão do ano passado, o time, que vem ganhando quase todos os troféus amadores da região nos últimos anos, teve facilidade para vencer a Taça Kaiser. Foram 14 gols marcados e apenas um sofrido em três partidas, vencendo o duelo contra o América, também da capital de Minas Gerais, que acabou sendo derrotado por 3 a 0.

Entre os torcedores, o favoritismo era claro do Vasco. A equipe belorizontina é considerada a melhor da região e conta com muitos jogadores que já passaram por profissional ou pelas categorias de base de time grandes do Brasil. Um deles é o lateral Michel, reserva na competição, mas que jogou no Atlético-MG e acabou sendo rebaixado em 2005 com a equipe mineira como titular. Ainda passou pelo futebol mexicano, mas se aposentou aos 31 anos de idade e hoje vive do futebol de várzea.

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Além do Vasco de Esmeraldas, outras equipes participaram do torneio que foi dividido em dois grupos antes da final decidida pelos melhores de cada chave. Fortaleza (PR), da Liga Amarada da Capital, de Curitiba, Tupiniense (MG), da Copa Itatiaia, de Belo Horizonte, América (MG), de Uberlândia, Gaúcho F.C (RS), de Santa Cruz do Sul, e Salto do Norte, vencedor do Campeonato Regional da Liga Blumenauense (SC) e responsável pela maior goleada da competição (ganhou o jogo contra o Gaúcho F.C. por 10 a 0).

Os jogos da Taça Kaiser contaram com grande apoio da torcida no estádio e nas Arenas Kaiser, que reuniu todos os torcedores que não puderam viajar para Minas Gerais em locais especiais para acompanhar os jogos, que teve transmissão ao vivo nos dois dias de todos os duelos. Local contou também com músicas e comidas regionais, tendo grande apoio durante os confrontos.

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