Home Esportes Olímpicos Primeira medalha paralímpica e baixa visão: a história de superação de Edneusa Dorta

Primeira medalha paralímpica e baixa visão: a história de superação de Edneusa Dorta

Aos 40 anos, maratonista já garantiu vaga para disputa da competição em Tóquio 2020

Por Brendo Romano em 29/01/2020 23:42 - Atualizado há 6 anos

Reprodução/Facebook Centro Paralímpico Brasileiro

Edneusa Dorta é uma paratleta brasileira que ganhou destaque ao conquistar a primeira medalha do Brasil numa Paralímpiada. E foi logo em sua estreia nos Jogos do Rio 2016. Em uma prova que incluía dar cinco voltas entre a praia de Copacabana e a do Leme, zona sul do Rio de janeiro, num total de 42km.

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Aos 40 anos, a atleta será uma das representantes do Brasil no Paratletismo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. A maratonista tem uma história de superação por trás. Ainda pequena, foi diagnostica com baixa visão por uma rubéola adquirida da mãe na gestação. Com isso, entrou no paratletismo, onde compete na categoria T12 (deficientes visuais).

Edneusa Dorta fez a sua estreia na competição em 2016, nos Jogos paraolímpicos do Rio. E foi acompanhada por Tito Sena, seu guia.  A atleta de Salvador não sentiu o peso da corrida, e obteve um ótimo resultado, terminando a prova em 3h18min38s, na terceira colocação.

Ela falou sobre a conquista da medalha de bronze e das dificuldades enfrentadas na prova:

“Foi difícil segurar o ritmo, até chegar o final. Mas, com a vontade de ganhar a medalha e a força de todos, consegui. O calor atrapalhou um pouco, mas eu entrei com tudo, com vontade de vencer”, disse na época.

Paratleta foi a primeira a conquistar uma vaga para os Jogos de Tóquio

Edneusa Dorta também foi a primeira atleta a garantir uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Em 2019, no Mundial de Maratonas de Londres, a baiana foi vice-campeã da prova.

Porém, foi em Buenos Aires, Argentina, que Dorta atingiu o índice classificatório para os Jogos de Tóquio. Ela terminou a prova em 3h00min48s, ou seja, 9 minutos a menos que a marca qualificatória.

Vale ressaltar que os índices são estabelecidos pelo Departamento Técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), utilizado como critério para convocação. Ou seja, os atletas que conseguirem bater essas marcas podem ser selecionados para fazer parte da delegação no Japão. Os maratonistas tem um volume de treino maior, e chegam a correr 170km por semana.

Por fim, Edneusa Dorta se mostrou focada e muito consciente. “Como eu já consegui o índice, estou mais tranquila. Vou me dedicar só para Tóquio. Vou fazer algumas corridas de rua para manter o ritmo”, encerrou.

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