Home Basquete Histórico jogador do basquete brasileiro, Gerson Victalino mostra otimismo na luta contra a ELA: “Vou ser o primeiro a ser curado”

Histórico jogador do basquete brasileiro, Gerson Victalino mostra otimismo na luta contra a ELA: “Vou ser o primeiro a ser curado”

Gerson Victalino fez história no basquete brasileiro. Presente na histórica medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianapolis 1987, ele, também, atuou em três edições de Jogos Olímpicos. Hoje, porém, ele enfrenta uma batalha muito mais sensível. Agora, a luta é contra a esclerose lateral amiotrófica, popularmente conhecida como ELA. Em entrevista ao UOL Esporte, o atleta deu detalhes de como está lutando.

Willian Ferreira
Colaborador do Torcedores.com e contador de histórias do esporte.

Histórico jogador do basquete brasileiro, Gerson Victalino segue no basquete e conta com a ajuda de amigos – com quem sempre fala sobre esportes

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“Comecei a perceber que estava sem forças. Passei a cair muito na quadra, enquanto jogava basquete com meus amigos. Em cinco meses, perdi 17 quilos”, afirmou Gerson Victalino. Ele, porém, mantém o otimismo. “Fiz os exames e ouvi que tinha uma doença degenerativa que não tem cura, nem tratamento. Não foi muito agradável, é claro O segundo médico me apresentou a algumas formas paliativas de amenizar os efeitos da ELA. Eu disse a ele: ‘Se essa doença não tem cura, vou ser o primeiro a ser curado'”, conta

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Passatempos

Gerson Victalino conta com um grande hobby: cozinhar. Embora esteja mais difícil depois que ele descobriu a ELA, ele não para. “Sempre gostei de cozinhar, mas tem sido difícil. Quando tento fazer comida, sinto muito cansaço, mas insisto. Não sinto dor, o que já ajuda, mas sinto uma fraqueza constante. Minha mulher me ajuda muito. Ela é um espelho. A gente sabe que não vai ser fácil, mas ela não abaixa a cabeça. Nem eu”, conta.

De acordo com Gerson Victalino, sua rotina também mudou. “Já engordei quatro quilos dos 17 que perdi neste ano. Faço 1h30 de fisioterapia todos os dias — a cada sessão, faço exercícios para as pernas e para os braços. Pela manhã, ao acordar, me alongo bastante. Não posso parar. Se parar, eu morro”, afirma.

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O esporte e os amigos

Embora ainda trabalhe no esporte, a ELA fez com que Gerson Victalino parasse de jogar. E, de acordo com ele, tal situação o machucou. “Trabalho como auxiliar técnico no Ginástico. Desde que comecei a sentir os primeiros sintomas da ELA, não consegui mais jogar. Continuo lá, não deixei de trabalhar, sabe? Só que sem a intensidade que tinha. Tem sido mais complicado, mas continuo indo. Agora, abandonar o basquete dói muito. Faz quase um ano que não jogo, precisei abolir coisas importantes da minha vida. Isso me machuca. Só que sei que vai ser provisório. Mesmo depois de eu ter saído do profissional, continuei na quadra. Não saía de lá nunquinha, jogava o tempo todo”, afirma.

Quem mais dá força para Gerson Victalino, além de parentes, são os amigos. E, com eles, um tema prevalece. “Alguns vêm em casa, outros, encontro quando vou ao clube. Isso é muito importante para mim, é importante demais não perder esse convívio diário. A gente conversa sobre a vida e, claro, sobre as memórias do esporte. Eu sempre falo de esporte, não tem jeito. Minha vida é falar do esporte”, finaliza.

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