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Por que o Corinthians é campeão mundial de 2000?

Polêmicas em torno do Mundial de Clubes de 2000 fazem com que muitos torcedores não considerem a conquista do Corinthians como válida

Matheus Expedito
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. 24 anos.
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Há muitas polêmicas que alimentam as discussões do futebol brasileiro, tornando o esporte ainda mais interessante e apaixonante. E com certeza um desses grandes temas é sobre a legitimidade do título do Mundial de Clubes da Fifa do ano 2000, conquistado pelo Corinthians. A conquista foi há exatos 20 anos e apesar das reclamações dos rivais, os corintianos podem sim se considerar bicampeões do mundo.

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Ao contrário do que muitos pensam, o Timão não foi convidado a participar da competição. O time era o atual campeão do país-sede, lembrando que a competição foi realizada em janeiro de 2000. Veja um breve resumo do que aconteceu na época e porque a Fifa deixou várias interpretações em aberto.

Primórdios da polêmica:

As controvérsias sobre a competição realizada no Rio de Janeiro se baseiam no porquê o alvinegro paulista disputou o torneio sem ter conquistado a Libertadores da América. É importante relembrar que aquela foi a primeira taça com a denominação “Mundial”, após a Fifa tentar emplacar o torneio por várias décadas.

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Antes do novo formato, os clubes considerados campeões do mundo eram os ganhadores da Copa Intercontinental, em decisões sempre disputadas entre os campeões da Europa contra os campeões da América do Sul. Além da Copa Rio, realizada em 1951 e 1952, vencidas por Palmeiras e Fluminense, respectivamente.

Também houve outros torneios paralelos, mas que não receberam o reconhecimento da Fifa – como a Pequena Taça do Mundo, que mais tarde passaria a ser denominada Taça Cidade de Caracas (1952-1957/1963/1965-1975). Curiosamente, se essa disputa fosse considerada pela entidade máxima do futebol, o São Paulo seria pentacampeão mundial e o Corinthians seria tricampeão.

Critérios para participação no novo Mundial:

Empenhada a muitos anos a realizar o Mundial de Clubes, a Fifa desenvolveu a competição para ser realizada no início do ano 2000 e, assim, o Boca Juniors, campeão da Libertadores da América daquele ano, não poderia ser chamado para disputar o torneio.

Como uma das vagas era destinada ao campeão do país sede – algo que acontece até hoje -, o Corinthians não ficaria fora de nenhuma maneira da competição, já que foi campeão do Brasileirão em 1998 e 1999. Embora tenha causado divergência entre os representantes de cada continente, a Fifa planejava criar um Mundial com os campeões do ano 1998, por isso o Vasco da Gama foi selecionado e não o Palmeiras.

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Naquele ano, os representantes da Ásia (Al-Nassr), América do Sul (Vasco da Gama), país-sede (Corinthians) e Intercontinental (Real Madrid) são provenientes do ano 1998. Por outro lado, o campeão da Europa (Manchester United), Concacaf (Necaxa), Oceania (South Melbourne) e África (Raja Casablanca) eram de 1999.

A confusão nos critérios para participar do torneio é o principal motivos para tantas polêmicas que existem até os dias atuais. É importante ressaltar que a Fifa entrou em acordo com o Palmeiras, que poderia reclamar por ser o atual campeão da América do Sul. A solução foi a criação do Mundial de Clubes de 2001, que seria realizado na Espanha, mas que acabou cancelado antes do início.

Europeus não levaram a sério?

Essa discussão existe até nas edições atuais do Mundial de Clubes – o torcedor do Flamengo sofreu com as constantes provocações dos rivais, que afirmavam que o Liverpool não iria jogar tudo o que podia na decisão. Levando ou não levando a sério, os europeus sempre entraram na disputa com os elencos principais, comemorando cada vez que levaram a melhor sob a América do Sul e ficando chateados quando perderam.

 

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