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Um baque para o judô brasileiro. Rafaela Silva está fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ao menos é isso que vai acontecer depois que a atleta foi suspensa por dois anos como punição em um caso de doping. Apesar da decisão, a atleta disse que vai recorrer para tentar competir nos Jogos Olímpicos. Seja como for, decisão deixa o judô brasileiro em alerta. Rafaela Silva é a atual campeã olímpica na categoria até 57kg, conquistou o ouro no Pan de Lima e dois bronzes no último Mundial da modalidade.
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A atleta já foi comunicada da decisão final pela Federação Internacional de Judô (FIJ). A punição foi válida ainda por ter testado positivo em um exame antidoping realizado no último mês de agosto. Ou seja, a atleta foi flagrada em uso irregular de substâncias durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. Na ocasião, ela conquistou a medalha de ouro na competição com certa facilidade. Esta medalha já tinha sido tirada da atleta pelo mesmo caso de doping.
De acordo com informações do site Globoesporte.com, a judoca já procurou um advogado novo e deve entrar a qualquer momento com um recurso. Este recurso seria realizado portanto na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A Confederação brasileira de judô (CBJ) também já se pronunciou sobre o caso. A entidade informou que está “acompanhando os desdobramentos do processo legal do caso”. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) também informou que está aguardando mais informações sobre o caso.
O problema
Rafaela Silva é um dos principais nomes da atual seleção de judô do Brasil. Além do título olímpico em 2016, a atleta vinha se destacando em competições internacionais como o Pan-Americano e o próprio Mundial da modalidade. A CBJ esperava contar com ela para ajudar a melhorar o desempenho do Brasil na modalidade em Tóquio. Isso porque a atleta é uma das favoritas na categoria até 57kg. Mas não só isso. A atleta também poderia ajudar a equipe mista a conquistar uma medalha.
Analistas acreditam que, sem Rafaela, as chances de medalhas na competição por equipes caem consideravelmente. Vale lembrar que Rafaela estava no time que conquistou a medalha de bronze nas equipes mistas do Mundial de Judô de 2019. A competição por equipes é uma novidade dos Judô nos Jogos Olímpicos.
O caso
Rafaela foi pega em um exame antidoping que acusou a presença da substância fenoterol. Ou seja, foi a mesma substância que a nadadora Etiene Medeiros foi flagrada ainda em junho de 2016. Na ocasião, a atleta de Pernambuco foi inocentada. O mesmo não aconteceu com Silva. O fenoterol é uma substância que costuma ser usada no tratamento de doenças respiratórias, como a asma, por exemplo.
Especialistas dizem que o uso dessa substância melhora a performance porque ativa a troca gasosa entre o pulmão e o sangue. Rafaela explicou que pode ter tido contato com a substância enquanto brincava de sugar o nariz de crianças.
No currículo, Rafaela Silva tem o ouro dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Além disso, coleciona medalhas importantes como as três pratas e os dois bronzes em campeonatos mundiais.
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