Jeff Whitley atuou pelo Manchester City durante a época de vacas magras dos Citizens. Revelado em 1996 pelo clube, entre idas e vindas de empréstimos, jogou pela equipe inglesa até 2003.
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Entretanto, Whitley passou também por momentos difíceis em relação ao uso de drogas. Em entrevista ao The Sun, o ex-jogador relembrou os momentos ruins.
“Eu me olhei no espelho e pensei: ‘Eu não sei quem é esse cara.’ Eu me perdi completamente. As mentiras, os enganos, a maneira como falei com as pessoas – você não trataria aqueles que amam você como os viciados podem”.
O ex-internacional da Irlanda do Norte declarou que contou com o apoio de um amigo, e do seu irmão e também ex-jogador Jim Whitley, também revelado pelo Manchester City.
“Fiquei na casa do meu amigo Tommy por alguns dias desintoxicando e depois tive coragem de ligar para meu irmão. Lembro-me dele e eu chorando na cozinha, porque é de partir o coração para as famílias. Eles são os únicos que podem ver que você está se matando”.
“Há esse efeito cascata de pessoas que se machucam com suas ações e não podem fazer nada além de cuidar de si mesmas. Esse é o meu maior arrependimento”.
Um de seus irmãos, Jack, após muitos anos de luta contra as drogas, perdeu a batalha em 2017.
Jogadores de outros clubes também usavam cocaína
“Lembro-me de jogadores tirando férias, mas não era algo que eu gostava naquela época”, disse ele.
“Era baixa temporada, então não pensei muito nisso. Algumas pessoas não estavam no meu círculo de amigos, eram de outros clubes. ”
Dias atuais
Hoje, Whitley trabalha para que outros jogadores e ex-jogadores não caiam no mundo das drogas. Ele trabalha para a Associação de Futebolistas Profissionais da Inglaterra (FPA), em Manchester.
Whitley foi contratado pela FPA em 2018, para trabalhar com ex-jogadores em situação de risco, que pode ir do uso de drogas, até a depressão. Em 2019, o ex-volante do Manchester City apoiou a campanha “Ends of The Line”, que busca conscientizar o impacto da cocaína na saúde mental.
Whitley revelou que continua indo às reuniões para lidar com a cocaína.
“Eu continuo indo às reuniões porque o que acontece quando você não o faz é parar de ver o recém-chegado assustado que está se sentindo impotente, assustado, talvez suicida. Eu não fechei a porta nisso. Minha porta está sempre um pouco aberta e é um lembrete de que ele era eu uma vez”.
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