Home Extracampo Jogadora fala sobre homofobia no futebol: “Preconceito vai diminuir se um grande jogador se assumir”

Jogadora fala sobre homofobia no futebol: “Preconceito vai diminuir se um grande jogador se assumir”

Atleta lembrou que várias mulheres têm coragem de assumir homossexualidade. Mas disse que o assunto só será debatido se isso acontecer com um homem

Aécio de Paula
Colaborador do Torcedores.com.

No meio do futebol, parece ser difícil encontrar homens que se declarem gays. A jogadora do Arsenal, Vivianne Miedema, falou sobre a questão. Em uma entrevista, Vivianne, que assumiu sua homossexualidade há anos, disse que a questão só passará a ser aceita no futebol quando um grande jogador homem se assumir gay. De acordo com ela, os casos de jogadoras que se assumem não conseguem levantar um debate na sociedade.

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“Se um jogador se assumir, e ele for totalmente respeitado, a situação vai mudar. Isso porque vai ficar muito mais fácil para outros homens gays do meio do futebol. Eles ficariam mais confortáveis para se assumir também”, opinou a jogadora. “Na verdade, eu acho que pra mim isso é uma questão simples. Precisamos deixar as pessoas fazerem o que bem entendem de suas vidas”, completou.

De fato, na história do futebol masculino mundial, são raros os casos de jogadores que se assumem gays. Um dos casos mais famosos foi o de meia alemão Thomas Hitzlsperger. Ele assumiu a sua sexualidade em janeiro de 2014. Mas vale lembrar que ele só fez isso depois de sua aposentadoria. De acordo com informações do jornal The Guardian, não há nenhum jogador assumidamente gay em toda a Premier League, uma das principais ligas de futebol masculino no mundo.

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Denúncias

Nos últimos anos, a quantidade de denúncias de casos de homofobia nos estádios onde ocorrem jogos de futebol masculino tem explodido. A situação tem piorado em um nível que as autoridades estão se vendo obrigadas a se mexer. A Federação Inglesa de Futebol (FA), disse que está pensando em projetos que possam conscientizar torcedores e punir casos de homofobia com mais severidade.

“Algo muda se um jogador for gay ou não? Algo muda se ele é da Holanda, da África do Sul ou da Austrália? Somos todos iguais. Então por que não podemos simplesmente aceitar como somos e quem somos e partir daí. Apenas curta o futebol e curta a vida, é assim que é fácil para mim de qualquer maneira”, comentou a atleta.

“Eu não entendo por que isso ainda é um problema, especialmente no futebol. Isso porque todos compartilhamos a mesma paixão, todos vocês querem jogar futebol. Não entendo”, completou.

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