Home DESTAQUE Arnaldo Ribeiro: São Paulo e as consequências de um empate desastroso

Arnaldo Ribeiro: São Paulo e as consequências de um empate desastroso

Colunista do Torcedores.com analisa resultado do São Paulo contra o Novorizontino

Arnaldo Ribeiro
Colunista do Torcedores.com e comentarista do SporTV.
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Foi o melhor jogo do time na temporada? Foi. Foi aquele em que o time mais criou oportunidades? Foi também. Alexandre Pato enfim fez uma boa partida? Fez. O trio de arbitragem comprometeu tudo isso? Comprometeu.

Mas o São Paulo tem ainda mais motivos para lamentar o empate de 1 x 1 com o Novorizontino na noite chuvosa de segunda-feira. As reclamações inconformadas de Raí ao final da partida, contra o árbitro e a Federação Paulista, revelam um plano para o início do ano, que pode ter sido frustrado pela perda de dois pontos preciosos em casa.

Raí falou pensando lá na frente. “Um resultado que pode resolver o mando de jogo numa próxima fase”. Sim. Pode…

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O plano do São Paulo para o início do ano, mantidos treinador e elenco, é largar na frente no Campeonato Paulista, abrir vantagem e tentar terminar essa primeira fase com a melhor campanha, coisa que não acontece há muitos anos pelos lados do Morumbi.

Significa “priorizar” o Paulista em detrimento da Libertadores, a verdadeira paixão do torcedor do São Paulo? Em termos…

Em primeiro lugar, o São Paulo vai estrear na Libertadores, numa altitude insana, faltando três rodadas para o fim da fase de classificação do Estadual – pretende chegar ali garantido e folgado.

Existe um consenso no Morumbi: o grupo da Libertadores é cruel. Pelo River Plate e pelos outros dois adversários estarem longe e nas alturas (Binacional e LDU). “Libertadores se ganha e se perde na parte logística”, me disse um experiente membro da comissão técnica do São Paulo.

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Pois a logística tricolor nesta edição é mais do que complexa, com as datas se intercalando com a fase decisiva do Paulista. Com grupo enroscado, time ainda sob suspeita, o São Paulo considera mais acessível brigar pelo título estadual – que poderia tirar o time simbolicamente da fila – do que pelo sucesso na competição internacional, que ainda tem Flamengo, Palmeiras, Grêmio e companhia ilustre.

Uma taça, mesmo local, compensaria a eventual eliminação na Libertadores tão querida. Não custa repetir aqui: o Paulistinha virou Paulistão para o São Paulo. De uma vez por todas.

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