Home Futebol Visão de repórter: Corinthians intenso, Santos sem fibra e uma regra sem sentido

Visão de repórter: Corinthians intenso, Santos sem fibra e uma regra sem sentido

Corinthians domina o Santos e vence o primeiro clássico da temporada 2020, ganhando moral para confronto decisivo na fase preliminar da Libertadores. Arbitragem rouba a cena

Rafael Alaby
Rafael Alaby é jornalista diplomado pela FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), com passagens pela Chefia de Reportagem de Esportes, da TV Bandeirantes, em São Paulo e site KiGOL. Pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte (FMU)

Diante de mais de 40 mil torcedores, o Corinthians, que vinha de um empate e uma derrota no Paulistão, venceu com autoridade o Santos, na manhã de domingo, na Arena, e vai com a moral elevada para encarar o Guaraní-PAR, na próxima quarta-feira, em Assunção, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Libertadores.

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Passeio do Corinthians no primeiro tempo

A primeira etapa foi de um time só: o Corinthians. Desde o apito inicial, a equipe de Tiago Nunes mostrou intensidade e marcou a saída de bola adversária com agressividade. O primeiro gol não demorou a sair. Com um minuto e meio, Fagner, com o pé esquerdo, cruzou e Everaldo acertou belo chute, sem chances de defesa para Everson.

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O Santos errou muitas saídas de bola e permitiu que o rival criasse outras situações claras para marcar. Por sorte, a equipe de Jesualdo Ferreira foi para o intervalo com a desvantagem mínima.

Faltou maior determinação aos atletas santistas, que pareciam estar disputando um jogo-treino e não um clássico contra o maior rival.

Que se pesem os inúmeros desfalques, o volante Alisson, o meia Carlos Sánchez e os atacantes Soteldo e Marinho, o Santos poderia ter sido mais competitivo em Itaquera.

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Na etapa final, o Peixe teve mais presença ofensiva, mas com menos de dois minutos sofreu o segundo gol, marcado por Janderson.

Regra estúpida tira Janderson de ação

Após o seu primeiro gol em clássico, o jovem atacante foi comemorar com a própria torcida no setor norte da Arena e foi punido com o cartão amarelo. Como já havia recebido advertência no primeiro tempo, acabou indo mais cedo para o chuveiro.

Punir um jogador por comemorar gol é uma das maiores aberrações do futebol brasileiro. Não faz sentido nenhum privar um atleta do ponto mais alto de uma partida de futebol. A punição só deveria ocorrer se Janderson tivesse desrespeitado o rival ou retardado o início da partida. Ambos casos não ocorreram.

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Santos pressiona, mas peca na criatividade

Com um a mais praticamente durante todo o segundo tempo, o Peixe teve maior presença ofensiva, mas levou pouco perigo ao goleiro Cássio. Mesmo com as entradas de Evandro, Jean Mota e Uribe, a equipe mostrou pouco repertório para furar a forte marcação corintiana e sem sucesso apelou às bolas alçadas na área. O último balançou as redes nos minutos finais, mas teve o tento anulado por ter cometido falta em Fagner.

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Trabalho de Tiago Nunes mais avançado em relação a Jesualdo

O Corinthians mudou sua forma de jogar em relação à temporada passada. Aquele futebol defensivo deu lugar a exibições mais agradáveis aos torcedores mais exigentes. O grupo assimilou rápido as ideias de Tiago Nunes. O alvinegro do Parque São Jorge está longe do ideal, mas tudo indica que vai brigar por títulos em 2020.

Já o futuro do Santos é preocupante. Jesualdo Ferreira ainda não conseguiu emplacar. É muito injusto culpá-lo, pois foi apenas o quarto jogo na temporada. Ele carece de melhores peças para quando não puder contar com atletas importantes.

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