Com dificuldades para encontrar no mercado um substituto para Abel Braga, o presidente Alexandre Campello busca um nome que se encaixe na realidade financeira do Vasco. Dessa forma, o dirigente deseja um treinador que seja capaz de dar grandes resultados dentro de campo. Afinal, o clube disputa quatro competições na temporada de 2020: o Campeonato Carioca, o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana.
Contratar alguém imediatamente é a prioridade de Alexandre Campello. Porém, no entendimento do dirigente é que essa não é uma missão fácil. Nos últimos dias os nomes de Alberto Valentim, Eduardo Barroca, Jorginho, Thiago Larghi e Zé Ricardo foram lembrados. Mas o mandatário também pensa na possibilidade de contratar um técnico estrangeiro.
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Alexandre Campello evitar falar em nomes para o cargo para não iludir o torcedor. Por outro lado, o vice-presidente de futebol do Vasco, José Luís Moreira, é o maior entusiasta da contratação de um técnico português. Recentemente, o dirigente conversou com os representantes de José Morais, Pedro Caixinha e Ricardo Sá Pinto. Porém, as tratativas ainda não foram à diante.
“Tem se especulado muito sobre treinador, se falado muita coisa, mas ainda não existe nada. Tudo na vida depende muito de oportunidade, e a gente tem que entender a realidade do clube e as oportunidades de mercado. Acho que não tem essa coisa de ser estrangeiro ou brasileiro. Tem que pensar. Se vale a pena trazer um estrangeiro, não é porque um ou outro deram certo. A gente pode trazer alguém de fora e dar certo, como deu certo com o Jesus e o Sampaoli. Mas pode trazer também e não dar certo. Temos que analisar as oportunidades”, revelou ao canal no YouTube “Atenção, Vascaínos!”
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Mesmo depois de acertar as contratações do meia Martín Benítez e do atacante Germán Cano, a má fase do Vasco neste início de ano mostra a necessidade do clube se seguir buscando reforços. Uma questão amplamente discutida por Abel Braga e até mesmo reconhecida por Alexandre Campello. Porém, o presidente deixa claro que que o clube só irá se movimentar após anunciar o novo treinador.
“Vários jogadores são monitorados, mas isso depende de algumas questões, o perfil do treinador, por exemplo. Precisamos pensar no treinador para depois pensar nos reforços’, disse.
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Na última semana, José Luís Moreira foi oficializado como vice-presidente de futebol do Vasco. Ele voltou ao clube após exercer o cargo na gestão Eurico Miranda entre 2002 e 2015. No entanto, o dirigente deixou claro que só retornaria ao clube se tivesse autonomia para comandar o departamento de futebol. Alexandre Campello explicou a escolha.
“Na minha gestão, nem o presidente tem autonomia total, pois eu não posso contrariar todos os dirigentes. O Zé Luiz (José Luís Moreira) não está ligado a nenhum grupo político. O Vasco vive um momento crítico, delicado financeiramente. Esse ano é um ano político, e quanto mais gente, mais força para fazer o clube caminhar é melhor para o Vasco. O Zé Luiz assumiu com o futebol paralisado, tenho conversado muito com ele, e essa semana já com um horizonte, vamos conversar sobre treinador e estrutura”.
Presidente reconhece dificuldade para conseguir recursos para o Vasco
A pandemia de coronavírus fez com que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) paralisasse todos os campeonatos nacionais. Posteriormente foi a vez das federações suspenderem os estaduais. Apesar de necessária, o “descanso forçado” pode causar um colapso financeiro nos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.
Enquanto o rival Flamengo vem em plena ascensão financeira, o Vasco ainda encontra dificuldades para fechar o caixa. Afinal, o clube ainda deve o 13º salário, férias e o mês de janeiro para jogadores e funcionários. Alexandre Campello admitiu que tem encontrado dificuldades para captar recursos para o clube neste começo de temporada.
“Perdemos um dos nossos patrocinadores (Azeite Royal), essa saída, por si só, não chega a ter um impacto muito grande, mas é uma demonstração do ânimo do mercado. Naturalmente vivemos um momento difícil, de muitas expectativas. Essa pandemia traz um impacto muito grande na economia do mundo inteiro. Se a paralisação avançar por muito tempo, pode ser catastrófico, mas se voltarmos no fim de abril, os prejuízos não serão tão severos”, finalizou.