Home Esportes Olímpicos Do futebol ao skeleton “por acaso”; conheça Nicole Silveira, 1ª brasileira a representar o Brasil no Mundial da categoria

Do futebol ao skeleton “por acaso”; conheça Nicole Silveira, 1ª brasileira a representar o Brasil no Mundial da categoria

Depois de disputar seu segundo Mundial de Skeleton, Nicole Silveira tem metas mais altas para sua carreira, uma delas sendo o foco em aumentar o interesse em esportes no gelo no Brasil

Flavio Souza
Formado em Gestão de TI e cursando Jornalismo. Desde 2006 escrevo sobre esportes em geral, ingressando em dezembro de 2018 no site Torcedores.com, onde atualmente exerço função de Colaborador Sênior. Atualmente meu foco é no futebol brasileiro e internacional, mas procuro falar sobre outras modalidades, como esportes olímpicos, por exemplo. Meu foco é trazer informações relevantes sobre os clubes fora de campo, como entrevistas, análises financeiras, desempenho das equipes em redes sociais e análises táticas.

Nascida em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, Nicole Silveira é um dos principais nomes do Brasil quando falamos de esportes no gelo. Primeira atleta sênior a representar o Brasil no skeleton em 2018, Nicole também foi a primeira brasileira a competir no Mundial da modalidade (março/19). Seu desempenho fez com que ela fosse a vencedora do Prêmio Brasil Olímpico em 2019 na categoria Desportos no Gelo.

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No último fim de semana (28/29 de fevereiro), Nicole participou do Mundial de skeleton disputado em Altenberg-ALE. A atleta terminou o Mundial na 24ª colocação geral, resultado que foi muito comemorado pela mesma. Em entrevista exclusiva ao Torcedores, Nicole Silveira fala sobre o Mundial, sua entrada na modalidade e suas metas para o futuro.

Torcedores – Como avalia sua participação no Mundial disputado na Alemanha?

Nicole Silveira – O Mundial foi muito bom. Fiquei bem contente com o resultado, mas mais ainda com minha evolução. Fiz meus melhores tempos, tanto no tempo de corrida como no tempo total. Esse ano tinham 28 atletas das quais a mais nova no esporte deveria ter por volta de uns 2 anos a mais de experiência do que eu. Conquistei uma colocação acima de algumas bem mais experientes do que eu. Acho que abri o olho de bastante gente.

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T – Qual foi a sensação de ter sido a 1ª brasileira a representar o Brasil no skeleton?

NS – Foi muito legal. Moro em Calgary (Canadá), estou aprendendo e criando oportunidades para o futuro do Brasil. Espero conseguir abrir mais portas e ajudar mais atletas a iniciar o esporte. Quero aumentar o conhecimento do esporte no Brasil.

T – Como surgiu seu interesse na modalidade?

NS – Foi meio do nada. Em 2017, tinha competido na minha última competição de fisiculturismo. Estava trabalhando em uma loja de suplementos, quando um ex-companheiro de equipe entrou na loja e descobriu que eu era brasileira. Ele me convidou pra tentar ajudar o time feminino a qualificar para os jogos em Pyeonchang-CHI. Fiz uma temporada de bobsled como brakewomen. Na temporada seguinte resolvi tentar o skeleton pois queria ter um pouco mais de controle próprio. Quando testei o esporte, amei e até que me dei bem. E aqui estou, encerrando minha segunda temporada e metade do caminho andado até (se Deus quiser) fazer história em ser a primeira atleta de skeleton a representar o Brasil em um jogo olímpico de inverno.

T – Você praticou diversos outros esportes em sua carreira (dança, ginástica artística, rugby, vôlei, futebol e fisiculturismo). No que eles te ajudaram no Bobsled / Skeleton?

NS – Minha maior experiência foi no futebol, mas correr gelo é muito diferentes. Eu era considerada rápida no campo, mas não tanto no gelo (risos). Depois fiz fisiculturismo, que me ajudou bastante na área de dedicação e disciplina. Agora treino levantamento de peso e Crossfit que me ajudam com a força e previne lesões. Mas no final do dia, o skeleton e um esporte muito especifico onde a corrida pode ser melhorada um pouco com treinos de atletismo, mas a pilotagem mesmo só descendo a pista, não tem outro jeito.

T – Quais suas metas para o futuro?

NS – Minha meta é fazer história e participar das Olimpíadas de Inverno de 2022. Também quero melhorar minha corrida e continuar a desenvolver minha pilotagem. Essa temporada me qualifiquei para uma vaga na Copa do Mundo então temporada que vem pretendo competir contra as melhores do mundo e ser competitiva.

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