Num clássico diferente no Maracanã, com portões fechados como forma de prevenção ao Coronavírus, o Fluminense fez o suficiente para quebrar um jejum que durava quase três anos, ou 10 jogos sem vencer o Vasco. O tricolor fez um gol ainda no primeiro tempo, quando teve uma atuação muito ruim. O oportunista Evanilson marcou mais um gol no profissional e abriu o caminho para a vitória. No segundo tempo, o Flu não apresentou um grande futebol, mas melhorou um pouco, principalmente após a entrada do peruano Fernando Pacheco. Foi dele o segundo gol tricolor que fechou o placar, marcando o primeiro dele pelo clube
A verdade é que, diante de um rival um pouco mais forte que a maioria da competição, o Fluminense mais uma vez não conseguiu fazer uma grande partida. No entanto, a eficiência da equipe fez com que o resultado fosse merecido. No primeiro tempo, o tricolor praticamente não atacou e dava espaços atrás para o Vasco construir chances que só não terminaram em gol pela ineficiência do ataque vascaíno. Foram pelo menos três oportunidades claras. Fazendo valer mais uma vez a máxima do “quem não faz, leva”, o Fluminense abriu o placar no primeiro chute que deu na partida, com um gol de Evanilson, após passe de Nenê. Na saída de Fernando Miguel, ele tocou por cima e fez um bonito gol. Foi o sétimo do jovem como profissional no clube, em 13 jogos.

No segundo tempo as duas equipes voltaram jogando mal, um confronto bem pobre tecnicamente. Pelo lado tricolor, pelo menos o time não era mais pressionado pelo rival. O nível melhorou quando Odair finalmente colocou em campo o peruano Fernando Pacheco, no lugar de Marcos Paulo, que esteve muito apagado. Pacheco entrou bem puxando contra-ataques e foi recompensado aos 42 do segundo tempo. Após um chute de Caio Paulista na trave, ele que também entrou bem no jogo, a bola bateu nas costas de Fernando Miguel e sobrou para o peruano cabecear e marcar o seu primeiro gol com a camisa tricolor, definindo o placar.
Apesar da vitória, o Fluminense teve novamente um desempenho bem abaixo daquilo que é esperado pela torcida e, provavelmente, pela própria comissão técnica. Wellington Silva segue jogando mal e Pacheco vem pedindo passagem. O técnico Odair Hellmann já deveria ter dado ao peruano uma chance como titular. Marcos Paulo segue oscilando e Nenê nem sempre consegue ser decisivo. Yago e Hudson se limitaram a marcar e ainda fizeram mal no primeiro tempo.

A impressão que fica é que o Fluminense sempre espera o comportamento do adversário para se colocar no jogo. A intensidade, uma palavra muito falada pelo técnico Odair Hellmann, muitas vezes não é vista quando estamos falando de atacar e pressionar o adversário em seu campo de defesa, principalmente quando o confronto é diante de equipes mais fortes. Ou seja, o Fluminense é muito mais reativo que propositivo em sua maneira de jogar. Ele atua com base naquilo que o adversário o oferece, mesmo que do outro lado, tecnicamente, não se tenha grandes jogadores. Vale ressaltar que o Vasco atuou com muitos reservas, a maioria jogadores recém chegados da base.
Isso tem deixado a torcida insatisfeita e esperando mais da equipe. Bom, querendo ou não, o aproveitamento de Odair a frente do Fluminense é bom, supera a casa dos 70%, e o time se manteve como líder geral do Campeonato Carioca. Mas a situação pode ficar muito complicada se o tricolor for eliminado da Copa do Brasil. O jogo que aconteceria na próxima quinta está suspenso, devido ao Coronavírus, A equipe, por ora, segue com a partida marcada para domingo, diante do Volta Redonda, no Maracanã. No entanto, o Campeonato Carioca também deve ser paralisado na manhã desta segunda-feira (15), quando a Federação de Futebol do Rio irá se reunir com os clubes e discutir a suspensão do torneio devido a pandemia.
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