Em meio a quarentena por causa da pandemia do coronavírus, o mundo do futebol vem causando uma grande discussão: o salário dos jogadores enquanto não há partidas a serem disputadas. No Brasil, clubes e atletas brasileiros divergem sobre situação e não definem o que será feito nas próximas semanas enquanto o vírus da Covid-19 seguir impossibilitando o retorno do cotidiano normalmente.
Você conhece o canal do Torcedores no Youtube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram
Assim como no Brasil, o futebol europeu também discute a situação. Com salários maiores, alguns jogadores se solidarizam com quem necessita mais dos pagamentos e se veem como privilegiados. Por outro lado, outros atletas se defendem e esperam pagamento integral dos seus clubes, cumprindo contrato vigente.
APOIAM A REDUÇÃO SALARIAL NO FUTEBOL
O grande nome que demonstrou apoio à redução salarial entre os jogadores foi o goleiro Manuel Neuer, da seleção alemã e do Bayern de Munique. O arqueiro chegou dizer que os atletas são privilegiados e que precisam ajudar outros funcionários das equipes que necessitam mais.
“O Bayern tem cerca de mil funcionários e muitos outros que realizam tarefas importantes no clube. Como equipe, queremos ajudá-los. Somos privilegiados e devemos aceitar a redução salarial”, disse o goleiro do futebol alemão.
Além das palavras, o Leeds, da segunda divisão da Inglaterra, e decidiu agir para ajudar as finanças do clube. Jogadores da equipe e o polêmico treinador Marcelo Bielsa apoiaram a decisão e já tiveram um corte considerável do salário para não trazer problemas aos clubes.
Antes disso, o elenco Borussia Moncheglabach já tinha aberto mão de parte do salário para ajudar no pagamento de funcionários que precisam mais de cada valor. Isso também aconteceu, mas de forma individual em um clube, com o escocês Steven Naismith, do Hearts, que recebe agora apenas 50% do seu salário e doou a outra metade aos outros profissionais do time.
CRITICAM A REDUÇÃO SALARIAL NO FUTEBOL
Já no Brasil, a situação está bem diferentes. Os atletas, pelo menos na sua maioria, defendem o pagamento integral dos valores de contrato no salário mensal. Isso tem sido um dos grandes entraves nas reuniões que envolvem a CBF, os presidentes de cada clube e a associação de jogadores do país.
Em entrevista, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, do Atlético-MG, se posicionou oficialmente sobre a possibilidade ter uma redução salarial. O jogador recém-contratado para a equipe do argentino Jorge Sampaoli espera seguir recebendo normalmente nos próximos meses.
“Essa redução de salário, na minha opinião, não convém porque é o mundo que está paralisando”, disse. “Nós, jogadores, vamos ter nossas reuniões, e vamos entrar em um bom senso. A melhor coisa sairá, tanto para o Atlético quanto para nós, jogadores”.
Para amenizar os gastos, os clubes da Série A do Brasileirão decidiram na última quinta-feira que os jogadores entrarão de férias de 20 dias, cumprindo outros dez no fim da temporada, dando mais tempo para a decisão acertada das instituições.
LEIA MAIS:

