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A situação do atacante Ferreira ainda é bastante incerta no Grêmio. Com contrato até junho de 2021, ele foi afastado e tirado da lista de inscritos à Libertadores por ter dito “não” à proposta de renovação. Em represália, colocou o clube na Justiça e tornou o próprio futuro dentro do clube bastante ameaçado.
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O empresário Pablo Bueno, que durante toda a polêmica recebeu críticas da direção gremista, declarou recentemente ao portal GaúchaZH que não vê clima para uma eventual reconciliação.
“Não tem mais clima, não. O Grêmio que criou esse clima. A gente iria resolver entre nós. O Grêmio não precisava ter ido para a mídia”, observou.
Mas a visão de Bueno não é compartilhada pelo executivo de futebol gremista, Klauss Câmara. Nesta semana, ele deu entrevista ao jornalista Jorge Nicola para o seu canal no YouTube e mostrou esperança de um acerto. Indiretamente, o dirigente indicou que gostaria de ver novamente Ferreira atuando pelo profissional do Grêmio.
“Esse assunto saiu da ordem técnica e hoje pertence ao jurídico do clube, que tem conduzido o tema. Ele surgiu na nossa base, foi pra transição e recentemente foi pro profissional. Fez alguns jogos no time de cima e naturalmente não poderíamos deixá-lo exposto sem que tivéssemos seguranças em termos contratuais. Não teve acordo na renovação e a gente espera o desfecho disso. Eu acredito que em breve isso possa se resolver. O Grêmio, pelo elenco que tem e pelo histórico do aproveitamento de grandes atletas, vai fazer com que ele reflita bem a respeito disso e de não deixar de lado essa oportunidade de jogar no clube”, destacou.
Futuro de Ferreira pode não ser mais com a camisa do Grêmio – Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Ferreira na Justiça; caso pode se arrastar
Os representantes do atleta entraram com um processo no dia 6 de março pedindo a rescisão em caráter liminar, sob alegação de que o Grêmio teria agido com “coação e pressão” pela renovação de contrato, que não ocorreu pela recusa do jogador e do empresário ao salário oferecido. O juiz do trabalho Renato Barros Fagundes considerou que não há provas para efetuar a rescisão de contrato.
Assim, o atacante de 22 anos continua vinculado ao clube pelo menos até o julgamento do mérito do caso, que ainda não tem data estipulada.
No contrato oferecido pelo clube, o salário giraria na casa dos R$ 30 mil. O jogador e o empresário pediam no mínimo R$ 50 mil. O Grêmio também nega ter recebido proposta do Athletico de R$ 5 milhões por 50% dos direitos, com salário superior a R$ 100 mil, revelada por Bueno.
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