O ex-zagueiro Rio Ferdinand tem uma história longa e vitoriosa vestindo a camisa do Manchester United. Nos “Reds Devils” (como também é conhecida a equipe inglesa) o defensor jogou por 12 anos, de 2002 a 2014, conquistando durante esse período 6 títulos da Premier League, um título da Champions League, do mundial de clubes e de algumas outras competições. Dono desse currículo, o atleta deu uma entrevista falando sobre a sua carreira e sobre um drama pessoal que viveu.
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Em relação a carreira, a história de Ferdinand poderia se cruzar com a do Barcelona de Guardiola. Isso porque na temporada 2008/2009 (ano em que o Manchester disputou a final da Champions contra o próprio Barcelona e ficou com vice) o zagueiro recusou uma proposta do clube espanhol.
“Eu estava perto do Barcelona. Houve uma conversa com o meu agente. Mas naquela época o Barça estava num início de trabalho e na época do contato nós (Manchester) éramos os atuais campeões da liga. Por que eu deixaria um time campeão europeu por um que estava no início de trabalho?” disse Ferdinand.
E um companheiro marcante de Manchester United foi Cristiano Ronaldo. “Ele tinha toda uma equipe de suporte. Cozinheiro, personal trainer, fisioterapeuta, etc. Foi a primeira pessoa que eu vi investir nesse suporte. Saiu do Manchester como o melhor do mundo” frisou.
Sobre os tempos de início de carreira, o defensor confessou ter sido um momento conturbado, principalmente na época do West Ham.
“Quando eu era jovem, era louco, podia passar o dia todo bebendo, beber dez copos e depois ainda tomar vodka. No West Ham havia uma cultura de beber. Sempre era assim depois dos jogos. As pessoas até me perguntam sobre alguns resultados com a equipe e eu já nem lembro mais do que aconteceu nas partidas. Era futebol, álcool e discotecas” comentou.
Só que o problema com o álcool foi pouco diante do drama pessoal vivido por Ferdinand, que perdeu a esposa, quando tinha ainda 34 anos, por conta de um câncer.
“Ninguém está preparado para sofrer tal perda. Antes de morrer, ela me disse que eu seria uma ótima mãe e pai para as crianças. Eu nunca pensei que isso iria acontecer. Mas ela faleceu dez semanas depois de diagnosticar o câncer. Depois disso, eu bebia muito à noite depois de colocar as crianças na cama. Até que um dia eu acordei e não podia trazê-los para a escola. Eu até tive um acidente de carro. E percebi que não podia continuar assim” explicou Ferdinand.
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