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Futebol uruguaio poderá voltar em meados de agosto

Segundo o presidente da AUF, o futebol uruguaio deverá ter início antes das demais federações

Eduardo Statuti
Estudante de jornalismo na Universidade Federal de São João del-Rei. No Torcedores desde 2019.

A frente de outros países do continente, o Uruguai já planeja com realismo a volta aos gramados. O presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), Ignasio Alonso afirmou em entrevista ao programa ‘Vamos que vamos’ da rádio 1010 AM que o futebol deve voltar em terras uruguaias antes dos outros países da América do Sul.

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“Para voltarmos necessitamos de um grande acordo”

Ignasio Alonso, está otimista com a volta do futebol em seu país. “O futebol uruguaio terá um retorno mais prematuro se comparado às outras federações”, afirmou o presidente. Mas Alonso explicou também que não se trata de uma corrida com os outros países. “Não estamos em uma disputa para saber quem volta primeiro. O que nos interessa é voltar com segurança sanitária e econômica sobre como vamos seguir em um mundo totalmente diferente daquele do dia 13 de março” declarou Alonso.

O presidente da AUF aguarda os posicionamentos das autoridades sanitárias para poder dar continuidade aos campeonatos nacionais. “Estamos fazendo o planejamento para voltarmos em agosto com muita racionalidade. Esperamos uma resposta das autoridades sanitárias sobre o protocolo que apresentaremos e entre os dias 29 de maio de 2 de junho. Com os papéis na mesa, nos reuniremos com o  Executivo da AUF e definiremos um calendário para reiniciar os campeonatos” explicou Ignasio Alonso.

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Entretanto, a federação uruguaia terá que se comunicar com as outras partes que também tem que aprovar suas pautas. “Temos que definir uma pauta que se incorpore ao regulamento e seja aceita por todas as partes, como jogadores, treinadores, preparadores físicos e árbitros. Temos que entrar em um acordo para que depois não haja queixas. Para voltarmos necessitamos de um grande acordo” reconheceu o economista Ignasio Alonso.

 

Jogos em campo neutro são uma opção 

Nos últimos dias, falou-se bastante de uma possível medida de se realizar os jogos do campeonato uruguaio em campos neutros. Entretanto, Alonso não acredita que isso seja uma opção possível para a continuação do Torneio Apertura.  “Não vejo uma boa quantidade de equipes renunciando a seus mandos de campo. E elas estão em seu direito. Contamos com um plano de contingência enviado por Ricardo Lombardo (CEO da Comissão Administrativa do Estádio Centenário). Para nós, seria muito bom jogar uma quantidade de partidas no Estádio Centenário”, declarou o presidente da AUF.

Contudo, o economista deixou em aberto quais serão as condições para o Torneio Intermedio. ” O calendário do Torneio Intermedio será realizado em uma época mais amena e poderíamos realizar jogos durante a noite, sem a necessidade de haver partidas apenas nos finais de semana. Deste modo, poderíamos encontrar alguma saída, com estádios neutros com boa iluminação”, explicou Alonso. Assim sendo, o presidente da AUF disse que estádios como Centenario, Charrúa, Franzini, Viera, e o Tróccoli são boas opções.

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Como seria feito o retorno aos gramados

O Uruguai, até o dia 20 de maio de 2020, teve 738 casos de Covid-19 e 20 mortos vitimas da pândemia. Deste modo, o reinício do campeonato uruguaio será feito segundo alguns protocolos. Para o retorno das partidas, deveriam ser feitos mais de 5000 testes para todos os envolvidos nos jogos. Sendo assim, seria gerado um gasto que pode chegar a 300 mil dólares, custo que nem todas as equipes conseguiriam arcar. Devido a essa situação, a AUF apresentou um protocolo preliminar para o governo para conseguir subsídios para pagar os testes.

O presidente Ignacio Alonso tenta buscar a melhor possibilidade econômica para reiniciar o campeonato. “Pedimos uma reunião com algum membro do Instituto Pasteur para conversar sobre a possibilidade de fazer um acordo. Desta maneira teríamos alguma possibilidade de saber o real estado econômico da situação”, disse o economista. “É bom que o futebol volte com todos os testes feitos. Mas teremos que receber uma quantidade de testes oferecidos por diferentes laboratórios”, confessou o presidente da AUF. ” De acordo com a evolução dos casos, poderá haver uma flexibilização nos testes, baixando seus custos. No início teremos que fazer muitos testes e sabemos que isso tem um custo. Mas existem ferramentas para baixar os custos” explicou Ignacio Alonso.

 

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