Os históricos campeonatos estaduais não são mais os preferidos dos grandes clubes brasileiros. Preferidos nas décadas anteriores, os objetivos mudaram e nos últimos anos com o foco voltado totalmente para competições que entregam mais dinheiro aos 12 clubes grandes do país. A situação mudou tanto que alguns clubes até optam por mandar times alternativos e poupar o elenco principal para competições mais importantes como regionais e nacionais.
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Essa queda no nível de importância se reflete em alguns fatores, mas principalmente o financeiro. Nos últimos anos, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro passaram a injetar um valor muito maior para quem disputa as competições e até um acréscimo para o avanço de fases em mata-mata. Em São Paulo, o valor pago ao campeão do Paulistão é R$ 5 milhões. Em compensação o Campeonato Brasileiro gira em torno de R$ 31,7 milhões ao vencedor.
Com tudo, os estaduais se viram em uma posição ruim após ver que as premiações seguem com um valor menor e as datas no início do ano provocam uma temporada mais longa e que pode resultar em lesões mais complicadas. Temperaturas altas, distâncias grandes de ônibus e um tempo curto de preparo para o próximo jogo pode ser prejudicial para a qualidade de um trabalho.
Diferente de clubes menores, as equipes grandes tem mantido uma regularidade na elite dos estaduais e que em maioria brigam apenas pela classificação para a segunda fase. Ao contrário dos clubes menores que cada jogo é fundamental para se manter vivo e conseguir disputar mais jogos para auxiliar nas dívidas.
Por outro lado, as altas dívidas é um dos exemplos que influenciam os clubes grandes a não abandonarem completamente os estaduais. Por menor que seja um valor conquistado, mas ele ajudará em quitar algo ou auxiliar em uma contratação. Com uma receita financeira curta, a maioria dos grandes clubes se veem obrigados a desfazerem de alguns jogadores para livrar de problemas maiores com aumento de juros e até processos judiciais.
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