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O ex-goleiro Oberdan Cattani foi um dos maiores ídolos do Palmeiras e esteve no elenco campeão da Copa Rio de 1951, quando a equipe bateu a Juventus na final e conquistou o título que, para o clube, é o primeiro Mundial de Clubes da história.
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Oberdan morreu em 2014, mas gostou de provocar os rivais até o fim da vida. Em 2007, aos 88 anos, Oberdan concedeu entrevista ao Globoesporte.com poucos dias após a FIFA publicar em seu site que a Copa Rio foi a primeira organização de torneio mundial de clubes e praticamente reconhecer o Palmeiras como dono do título.
“Para mim, a Copa Rio sempre foi um título mundial”, garantiu o ídolo do Verdão, que não perdeu a chance de provocar os rivais que conquistaram o título mundial no Japão anos depois.
“Antes mesmo de a diretoria buscar isso, nós mesmos já falávamos. Disputamos sete jogos contra equipes internacionais para sermos campeões. Não foi apenas um jogo no Japão no fim do ano.”
Oberdan foi titular durante boa parte da Copa Rio, mas perdeu a vaga para o reserva Fábio na fase final da competição. O ex-goleiro garantiu que foi uma manobra política do presidente e nunca escondeu a mágoa por não estar na decisão no Maracanã.
Segundo o ex-goleiro, ainda em 2007, a melhor coisa para o Palmeiras foi justamente ter feito a final no Rio de Janeiro e longe de São Paulo.
“Em São Paulo, seria muito mais difícil ficarmos com o título. Teríamos a torcida de todos os times contra a gente”, surpreendeu Oberdan.
“Mas, no Rio de Janeiro, todo mundo se uniu para ajudar o Palmeiras a vencer. Ainda mais depois do que aconteceu na Copa do Mundo. Todos queriam ver um time brasileiro vencer uma competição internacional.”
