Já imaginou seu país ficar sem um de seus melhores jogadores em uma Copa do Mundo só porque o treinador exige que ele corte o cabelo e recebe uma resposta negativa?
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Foi isso o que aconteceu na Copa do Mundo de 1998, quando o técnico Daniel Passarella, da Argentina, exigiu que Fernando Redondo, ídolo do Real Madrid e um dos melhores volantes do mundo, cortasse seus longos cabelos.
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Passarella não queria nenhum atleta argentino de cabelos longos em seu plantel, já que segundo ele isso seria sinal de indisciplina. Além de Redondo, Caniggia também se recusou.
Em entrevista ao jornal La Nación, de Buenos Aires, em 2019, Redondo lembrou a história.
“Ele me chamou e nos reunimos no hotel Palace de Madri”, revelou o ex-volante.
“Me pediu para cortar o cabelo e eu lhe disse que não faria, E me disse, me lembro das palavras, que a seleção estava acima dos homens e dos nomes, e iria revisar se necessitava me convocar.”
O fato, segundo Redondo, foi em 1996. A partir daí Passarella passou a afirmar que o cabelo era uma questão não importante e que o volante ficaria de fora da Copa do Mundo por não aceitar mudar de posição.
“Quando isso saiu na imprensa, ele declarou que na realidade a questão do cabelo havia sido um tema secundário, que não havia me convocado porque eu não queria jogar pela esquerda, uma mentira gigante. A partir daí não houve volta atrás para mim”, apontou o jogador, que não voltou mais para a seleção.
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