Home Futebol No aniversário do Capita, 8 curiosidades sobre Carlos Alberto Torres

No aniversário do Capita, 8 curiosidades sobre Carlos Alberto Torres

Se estivesse vivo, o eterno capitão do tri completaria 76 anos

Lucas Meireles
Colaborador do Torcedores.com.
PUBLICIDADE

No dia 17 de Julho de 1944 nascia o maior lateral de todos os tempos. Carlos Alberto Torres faleceu em 2016, vítima de um infarto. Mas o Torcedores aproveita a data para relembrar algumas curiosidades sobre a vida do Capita.

Você conhece o canal do Torcedores no Youtube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram

A cena de Carlos Alberto Torres levantando a Taça Jules Rimet no Estádio Azteca vive para sempre na memória dos brasileiros. O lateral foi o capitão daquela que, para muitas, talvez seja a melhor Seleção de todos os tempos.

Entretanto, por mais que seja especial, esse não é o único grande momento na vida do Capita. Revelado pelo Fluminense em 1963, Carlos Alberto Torres defendeu grandes equipes como, por exemplo, Santos, Botafogo, Flamengo e Cosmos em 19 anos de carreira.

PUBLICIDADE

Além disso, foi treinador durante mais de duas décadas. Conquistando títulos como o Campeonato Brasileiro de 1983, pelo Flamengo, e a Copa Conmebol de 1993, no comando do Botafogo.

O ex-lateral também chegou a ser eleito vereador e trabalhou como comentarista nos canais SporTV. Nesta data em que os brasileiros sentem saudades do eterno capitão do Tri, o Torcedores listou oito curiosidades sobre a vida do Capita. Confira:

Indisciplinado taticamente

Em 1970, Carlos Alberto Torres recebeu de Pelé para marcar, na final diante da Itália, um dos gols mais aclamados da história do futebol. Relembre:

Mas nem sempre essa vocação ofensiva do Capita foi tão apreciada. Em 1964, o então técnico da Seleção Brasileira, Vicente Feola, reclamou da displicência defensiva do lateral.

PUBLICIDADE

“Meteram duas ou três bolas aqui atrás, não houve cobertura e quase que eu fui crucificado”, disse Feola, à época.

Coincidência ou não, Carlos Alberto não foi convocado pelo treinador para a Copa do Mundo da Inglaterra, em 1966. O jogador só retornaria à Seleção em 1968, já com a braçadeira de capitão.

Líder dentro e fora de campo

Mais do que a qualidade técnica, Carlos Alberto Torres sempre foi elogiado por sua liderança. Jogadores e comissões técnicas são unânimes ao dizer que o lateral não era capitão somente na hora do cara e coroa. Nem mesmo o Rei Pelé escapava das broncas do eterno Capita.

Mas na Copa de 1970, dois momentos ilustraram bem a liderança de Carlos Alberto. No confronto contra a Inglaterra, talvez o mais difícil da campanha, o lateral deixou a posição para dar uma entrada no ponta Francis Lee, que minutos antes havia acertado o rosto do goleiro Félix. Depois da dividida, o atacante inglês sumiu da partida.

PUBLICIDADE

Além disso, é atribuído ao Capita a responsabilidade de convencer Zagallo a manter a escalação do jovem Everaldo, então com 19 anos, no lugar do experiente Marco Antônio na lateral-esquerda.

Uma das “engrenagens” da Máquina

Além do Santos de Pelé e da Seleção de 1970, Carlos Alberto Torres também fez parte de outro célebre time da história do futebol nacional. Em 1974, o jogador retornou ao Fluminense para fazer parte da Máquina Tricolor de Laranjeiras. Jogando como zagueiro, Torres esteve ao lado de craques como, por exemplo, Carlos Alberto Pintinho, Dirceu, Rivellino, ‘Búfalo’ Gil e Narciso Doval.

Pelo Máquina, o Capita conquistou os Campeonatos Carioca de 1975 e 1976.

Ajudou a popularizar o futebol nos Estados Unidos junto com Pelé

Capita ao lado de Pelé

PUBLICIDADE

Em 1977, Carlos Alberto Torres trocou o Flamengo pelo New York Cosmos. O clube vinha tentando popularizar o esporte nos Estados Unidos com craques como, por exemplo, Pelé, Beckenbauer e Chinaglia.

“Na minha opinião, a mais importante contratação do ponto de vista de time foi Carlos Alberto”, contou o então vice-presidente do Cosmos, Raphael de la Sierra, no documentário “Once In A Lifetime – The Extraordinary Story of The New York Cosmos”.

O lateral, que havia saído do Rubro-Negro brigado com o técnico Claudio Coutinho, disputou apenas quatro jogos em 1977. Mas acabou se tornando uma peça-chave na conquista do único título do Rei Pelé em terras estadunidenses.

Carlos Alberto ainda disputaria mais cinco temporadas nos Estados Unidos antes de se aposentar com a camisa do próprio Cosmos. A qualidade do Capita lhe rendeu uma entrada no Hall da Fama do Futebol nos Estados Unidos.

PUBLICIDADE

Filho também foi jogador

Em 1985 estreava como profissional o zagueiro Alexandre Torres. Assim como o pai, Carlos Alberto Torres, o defensor começou a carreira no Fluminense. Pelo Tricolor, atuou entre 1985 e 1990.

Entretanto, o melhor momento da carreira foi vestindo a camisa do Vasco. Em 1992, o zagueiro chegou a ser convocado por Carlos Alberto Parreira para a Seleção Brasileira, mas acabou sendo cortado por lesão.

Torres, como ficou conhecido, também defendeu o Nagoya Grampus, do Japão, antes de encerrar a carreira no próprio Vasco em 2001. Confira a entrevista de Alexandre Torres com o ex-companheiro de Vasco, Ricardo Rocha.

Capita como garoto-propaganda

Em 1986, Carlos Alberto Torres foi garoto-propaganda de uma empresa de bebidas lácteas fermentadas. O ex-jogador apareceu ao lado de sua então esposa, a atriz Terezinha Sodré.

PUBLICIDADE

Na peça publicitária, o Capita anuncia as inscrições para a “Copa Yakult” e afirma que os campeões ganhariam um carro e uma videocassete. Confira abaixo:

Vice-presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Até 1989, o Carlos Alberto Torres já havia sido campeão brasileiro pelo Flamengo e bicampeão pernambucano pelo Náutico. Entretanto, Capita ainda assim decidiu ingressar na vida pública.

O ex-lateral concorreu e foi eleito para o cargo de vereador pela cidade do Rio de Janeiro. Chegando a ser primeiro-secretário e vice-presidente da Câmara Municipal.

Em 2018, o ex-lateral tentou ser eleito novamente, desta vez como vice-prefeito da Cidade Maravilhosa na chapa de Paulo Ramos. Mas acabou conseguindo apenas 1,8% dos votos.

PUBLICIDADE

Técnico de Omã e do Azerbaidjão

Entre todos os fatos aqui listados, este talvez seja o mais curioso. Carlos Alberto Torres foi técnico de diversos clubes tradicionais como, por exemplo, Fluminense, Flamengo, Corinthians, Náutico e Botafogo. Também se aventurou por equipes como Monterrey, Tijuana e Querétaro, do México, Once Caldas e Unión Magdalena, da Colômbia.

Entretanto, os dois trabalhos mais inusitados do Capita envolvem Seleções. Em 2000, o ex-lateral foi contratado como treinador de Omã e já chegou falando em qualificar o país para a Copa do Mundo da Coréia do Sul e Japão. Contudo, após uma vitória e duas derrotas, pediu demissão antes mesmo do início das Eliminatórias Asiáticas.

A segunda tentativa do capitão do Tri como treinador aconteceu em 2004, quando assumiu o Azerbaidjão. No entanto, o treinador acabou colecionando mais um fracasso.

Foram 10 derrotas, seis empates e apenas duas vitórias em 18 jogos disputados. A demissão veio após uma derrota por 3 a 0 para a Polônia em casa, onde o Capita acabou sendo expulso. Confira o vídeo abaixo:

PUBLICIDADE

“Sentimos que Carlos Alberto simplesmente não tem mais capacidade de dar mais qualidade ao nosso time. Ele prometeu que terminaríamos as eliminatórias com pelo menos 10 pontos. Agora, temos dois pontos e é difícil imaginar que podemos chegar aos 10 pontos faltando apenas três jogos”, justificou a ASF (Associação de Futebol de Azerbaijão) à época.

Leia Mais

50 anos do Tri (Parte I): Toda história tem um começo

13 craques do futebol que escolheram os Estados Unidos para encerrarem a carreira